Saúde
07h54 11 Março 2020
Atualizada em 11/03/2020 às 08h09

Dia Mundial do Rim, 12 de março, valoriza importância de exames de creatinina para checar nível de funcionamento dos rins

Quando alterada pode indicar insuficiência renal.
Por Lucas Naves

Os dados são assustadores: cerca de 10 milhões de brasileiros, quase 5% da população, sofrem de doença renal crônica segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). No mundo, a disfunção atinge cerca de 850 milhões de pessoas, e a incidência cresce quase 10% ao ano. São números como esses que impulsionaram a criação do Dia Mundial do Rim, idealizado pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e lembrado sempre na segunda quinta-feira do mês de março. Em 2020, a data da campanha será no dia 12 de março, com o tema “Saúde dos rins para todos. Ame seus rins. Dose sua creatinina! ”.

“A medição da creatinina, importante marcador da função renal, é feita por meio de um simples exame de sangue. Se alterada, a creatinina pode indicar insuficiência renal aguda ou crônica, ou seja, o mau funcionamento do órgão como filtro das impurezas do corpo e do equilíbrio do sangue”, informa o médico nefrologista e coordenador do Serviço de Nefrologia do Hospital Felício Rocho, Dr. Lucas de Sousa Buldrini Filogonio.

“Silenciosa, a doença renal crônica costuma ser descoberta tardiamente, em geral, quando o funcionamento renal já está bastante comprometido. Justamente por isso, o diagnóstico precoce, por meio do exame de medição da creatinina, é fundamental para evitar ou postergar este quadro, especialmente para quem tem fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e histórico familiar, além de sintomas como inchaço, anemia e presença de sangue ou espuma na urina”, esclarece Dr. Lucas.

Quando instalada, a doença renal crônica é dificilmente reversível. O paciente precisa, então, se submeter à Terapia de Substituição Renal que consiste em:  hemodiálise, realizada geralmente em três sessões semanais em clínicas ou hospitais; diálise peritoneal, feita diariamente, em casa, com a instalação de um acesso no abdômen e a infusão de um líquido, o dialisato, que absorve as substâncias tóxicas. “A terceira forma de substituição renal é o transplante, em que o rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado ao paciente, com vida média de 15 anos”, acrescenta Dr. Lucas Filogonio.

Prevenção

A prevenção é outro mote do Dia Mundial do Rim. É que alguns hábitos de vida também podem desencadear a doença renal crônica, como uso excessivo de antibióticos e anti-inflamatórios, dieta rica em sódio, álcool e açúcar, tabagismo e sedentarismo.

 

VEJA TAMBÉM