Um homem suspeito de comandar o tráfico de drogas no aglomerado da Ventosa, na região Oeste de Belo Horizonte, é procurado pelas polícias Civil e Militar. Ele teria mandado integrantes da gangue expulsarem uma moradora da comunidade e colocar fogo na casa dela.

O que teria motivado a ordem é o fato da mulher ter namorado um traficante rival do suspeito, que foi morto a pedido dele. Em áudios divulgados pelas autoridades o chefe do tráfico ordena que uma pessoa coloque fogo na casa da mulher sem ter “dó”.

“Pode colocar pra sair fora. Não fica com dó não. Chega e mete fogo, já leva uns 5 litros de gasolina. Põe fogo em tudo e foda-se. Deixa acontecer o que que for”, diz.

Como a mulher tem um irmão que está na gangue liderada pelo suspeito, o homem fala para que os comparsas não a matem, mas para “rachar o joelho” dela. “Se ela ficar conspirando já racha o joelho dela. Não mata ela não, mas dá um tiro no joelho pra ela ficar lá no chão gritando. Pode falar que foi eu que mandei. Eu vou aí na semana que vem. Pode dar meu nome que eu vou segurar”.

O major Antônio Resende, do 5º Batalhão da PM, disse que apesar do suspeito ser o líder da gangue ele não fica na Ventosa e a polícia sabe o local em que ele se esconde. “Ele não fica no aglomerado para dificultar o trabalho da PM. Temos mandado de prisão contra ele e sabemos que está na região do Barreiro. Mesmo fora do aglomerado ele manda as pessoas cometer crime e coloca terror”, contou.

Operação Trilogia

No mesmo aglomerado uma operação conjunta das corporações, nessa quarta-feira (13), cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão e um termo circunstanciado de ocorrência por consumo de drogas. Dois desses 10 alvos, também foram autuados em flagrante pelo tráfico de drogas. Na ocasião, foram apreendidos 54 pinos de cocaína e 40 buchas de maconha.

A operação chamada de “Trilogia” teve o objetivo de combater o tráfico de drogas, homicídio e atuação de organizações criminosas armadas no Aglomerado Ventosa.

Com PCMG