Em 20 de janeiro de 2020, um dia depois de completar 18 anos, o meia-atacante Reinier foi apresentado como novo jogador do Real Madrid após ser contratado do Flamengo por cerca de 30 milhões euros (cerca de R$ 195 milhões). A ideia era repetir a fórmula que deu certo com Vini Jr. e Rodygo: contratar um jovem e promissor brasileiro, que só jogou em seu país natal.
E jogou muito bem no Brasil, tanto que despertou interesse dos espanhóis. Pupilo do português Jorge Jesus, integrou o elenco vitorioso de 2019, que é lembrado com saudade pela torcida rubro-negra. Em um time com estrelas como Arrascaeta, Everton Ribeiro e Diego, o então adolescente Reinier participou de 14 jogos do Brasileiro daquele ano, com seis gols e duas assistências.
Cinco temporadas e meia depois de desembarcar na Espanha, porém, a carreira promissora não decolou. A estratégia bem sucedida com Vini Jr. e Rodrygo falhou com Reinier. A passagem dele pelo Castilla foi, assim como a de seus compatriotas, muito curta. Mas as circunstâncias são totalmente diferentes. Enquanto Vini e Rodrygo rapidamente ascenderam ao time principal, o caminho de Reinier foi interrompido pela pandemia e seguiu por uma série de empréstimos.
Aos 23 anos, o brasileiro entra em última temporada de contrato com o Real Madrid sem nunca ter atuado pelo time principal. Após quatro períodos de empréstimos, ele continua fora dos planos do gigante espanhol. Reinier passou pelo alemão Borussia Dortmund (duas temporadas), pelos italianos Girona e Frosinone e voltou agora após defender o espanhol Granada.
A comissão técnica, comandada por Xabi Alonso, não tem intenção de contar com Reinier e um retorno ao Castilla é descartado. O Real trabalha para uma saída do brasileiro nesta janela de transferência. Se não surgir nenhuma oferta, o clube cogita até mesmo a rescisão antecipada de contrato.