A operação "Cemitério Maldito" realizada pelas polícias Civil e Militar, coordenada pelo Ministério Público, foi desencadeada na última sexta-feira (9), em Formiga/MG. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e seis medidas de afastamento de pessoas investigadas por esquema de corrupção no Cemitério Parque da Saudade em Formiga.
A investigação, que durou sete meses, apurou que coveiros recebiam propina de famílias para assegurar lugares no cemitério e, para isso, enterravam caixões vazios ou deixam as covas fechadas, como se tivesse ocorrido um sepultamento. Quanto um ente da família morreria, os coveiros retiravam o caixão vazio e então colocavam o corpo. O esquema teria começado em 2007.
Por meio de imagens obtidas pela polícia, foi possível comprovar a existência das covas com caixões vazios. Um dos investigados confessou o crime.
As apurações indicam também que os suspeitos mantinham esquema de recebimento de horas extras que não eram devidamente cumpridas. Há indícios, ainda, de que os coveiros estariam desviando urnas funerárias e bens municipais para uma funerária particular.
A PC ressaltou que as investigações seguem para apurar quais foram as pessoas que participaram da corrupção dos agentes públicos, que podem responder também por corrupção ativa.
A prefeitura de Formiga, responsável pela administração do cemitério, informou em nota, que já tem um procedimento administrativo instaurado contra um dos investigados e que não compactua com esse tipo de conduta.
Equipe que participou da operação. Crédito: PC - Divulgação
O grupo ainda é suspeito de furtos a farmácias em todo o estado de Minas Gerais.
