Durante muito tempo, o time celeste se notabilizou pelo toque rápido e envolvete. Muitos diziam que a "Academia" da década de 1960  "jogava por música". Tanto jogou, que virou uma: "Vamos embora/ vamos bem ligeiro/ rápido e rasteiro, como o ataque do Cruzeiro" era o refrão cantado nas arquibancadas do Mineirão. E em sua chegada no aeroporto de Confins, na manhã desta terça-feira (13), Rogério Ceni, o novo comandante da Raposa, prometeu mudar o estilo de jogo da equipe, promovendo ataques mais agressivos, assim como a torcida estrelada se acostumou.

"Eu tenho uma característica diferente (da adotada por Mano Menezes). Não existe pior e melhor. Prefiro um time mais rápido e agressivo, se possível. Vamos trabalhar para isso. Vamos lutar contra o tempo, que passa rápido. Temos três semanas para a Copa do Brasil (jogo de volta das semifinais, contra o Inter) e teremos o líder do Campeonato Brasileiro no fim de semana (Santos, no domingo). Eu vou tentar entregar o melhor e contagiar os jogadores", prometeu Rogério Ceni.

Ceni também fez questão de enaltecer o trabalho de seu antecessor, exaltando as virtudes de Mano Menezes, apesar de divergirem no estilo de jogo predileto.

"Primeiro que nenhum treinador ganha quatro títulos em três anos se não tiver suas qualidades. Mano tem um estilo de jogo que é diferente do meu. Em 2017, fui eliminado pelo Cruzeiro da Copa do Brasil com esse estilo. E o Mano era o treinador na época. É um cara que ganhou tudo", enalteceu Ceni.

Perguntado se ajudaria o ataque celeste a balançar as redes, uma vez que é o maior goleiro-artilheiro da história, com 132 gols, Ceni fez questão de elogiar o grupo que terá em mãos.

"Se depender disso (fazer gol) vai ficar no 0 a 0 (risos). Tem gente mais qualificada para isso", completou o comandante.