Enem
15h57 01 Novembro 2019
Atualizada em 01/11/2019 às 16h04

Entenda como funciona o sistema “antichute” do Enem

Por Leia Já/Adige Silva
Reprodução
O segredo é acertar a maioria das questões mais fáceis da prova

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem uma metodologia de correção diferente dos demais vestibulares. O Exame usa uma espécie de sistema “antichute”, como objetivo de identificar se o estudante, de fato, sabia a resposta assinalada ou marcou “na sorte”. Este método é chamado de TRI (Teoria de Resposta ao Item) e o LeiaJá, com o auxílio do professor Fernando Beltrão, explica como funciona esse sistema.

O sistema pode ser explicado com uma simples metáfora: cada questão pode ser tratada como um nível de dificuldade de um game. Vamos dizer que existem três níveis. Se o jogador consegue completar o nível difícil, pela lógica, ele consegue passar dos níveis inferiores. Mas se ele só consegue ir até o nível médio, ele não consegue jogar no difícil.

A teoria TRI funciona mais ou menos assim. O Enem avalia que o estudante que conseguiu acertar as maiorias das questões difíceis, deve conseguir com tranquilidade acertar as questões fáceis e médias. Já um aluno que acertou a maioria das questões fáceis e errou a maioria das difíceis, mas acertou uma difícil específica, o método identifica esse acerto como um possível “chute” e fornece pontuação menor ao estudante.

Para o professor Fernando, o segredo está em analisar a prova, procurar questões fáceis e deixar as difíceis por último. Para ele, é de suma importância acertar a grande maioria das questões mais práticas. “Errar uma questão fácil faz com que o sistema pense que você não merece uma alta pontuação”, analisa o educador.

Ainda segundo ele, o fera precisa ter cuidado para não errar “bobagens”. Pensando nisso, ele indica um método de análise das questões. “Na questão que você está convicto da resposta desenhe um ‘círculo’ com um ‘x’ por cima. Na que você está com dúvida, deixe só o ‘círculo’. A que você não sabe, não faça nada pule e vá adiante.”, aconselha o docente. Para ele, é fundamental que o estudante tenha ciência disso, para obter um bom resultado.

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