Distrito Federal
13h19 12 Junho 2019
Atualizada em 12/06/2019 às 13h40

Laudo da polícia aponta que menino foi decapitado vivo pela mãe e madrasta

Por Estado de Minas
Polícia Civil/DF
Segundo a polícia, mãe da criança contou com a ajuda da companheira, de 28 anos

A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou, nesta terça-feira (11), que o menino Rhuan Maicon da Silva Castro, de nove anos, foi decapitado ainda vivo e teve a pele do rosto removida. A criança foi morta e esquartejada pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, 27, e pela madrasta, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 28, em 31 de maio, em Samambaia, no Distrito Federal.

Ao todo, o menino foi esfaqueado 12 vezes pela mãe. “Enquanto dormia, ele foi surpreendido por uma facada no peito. Em seguida, Kacyla o segurou pelos ombros e Rosana deu mais 11 golpes de faca no tórax dele,” explicou o delegado.  

Ainda de acordo com a polícia, além do crime de homicídio qualificado, as suspeitas responderão por lesão corporal grave, tortura, ocultação de cadáver e por alterar a cena do crime. Somadas, as penas máximas podem chegar a 57 anos. 

Além disso, elas teriam comprado um martelo para triturar os ossos do garoto e facilitar o descarte. Os órgãos e a pele seriam cozidos e jogados em um vaso sanitário. No entanto, por causa da fumaça, decidiram distribuir os restos mortais em duas malas e uma mochila, que seriam descartadas na rua. 

Após viagem ao Rio Branco (AC), cidade natal da família, na última semana, o delegado à frente do caso, Guilherme Sousa Melo, conseguiu indícios para enquadrar as acusadas em outros crimes. “Nosso objetivo é fazer com que elas cumpram a maior pena possível”, frisou. 

As suspeitas responderão por lesão corporal grave e tortura por terem removido o pênis de Rhuan há cerca de dois anos. “O ato já configura lesão corporal. Porém, como o procedimento causava dor ao garoto e uma série de outros problemas, também pode ser configurado como tortura”, ressaltou. 

Como ambas tentaram esconder o corpo do menino e limparam a cena do crime com água sanitária, também serão acusadas de ocultação de cadáver e fraude processual. 

Barbárie

Rosana e Kacyla assassinaram Rhuan no fim da noite de uma sexta-feira. O garoto estava dormindo quando recebeu diversos golpes de faca. Em seguida, ele teve o rosto desfigurado, foi decapitado e esquartejado. As mulheres ainda tentaram queimar a carne dele em uma churrasqueira, para poder descartá-la em um vaso sanitário. No entanto, pararam por causa da grande quantidade de fumaça. 

Elas distribuíram as partes do corpo do menino em uma mala e duas mochilas escolares. Rosana jogou um dos itens em um bueiro de Samambaia, mas foi vista por pessoas que estavam na rua. Curiosos abriram o objeto e encontraram o corpo. A Polícia Civil foi acionada e prendeu o casal na residência.

Os investigadores não descartam a possibilidade de que as acusadas fariam o mesmo com a garota filha de Kacyla, que estava dormindo quando os agentes chegaram. 

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