Coronavírus
10h55 26 Março 2020
Atualizada em 26/03/2020 às 13h47

Primeiro mês de coronavírus no Brasil comparado com outros países

Por Priscila Pedroso - TV KZ
Agência Brasil
Coronavírus (Covid-19)

primeiro caso confirmado do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro, sendo assim hoje (26) completa um mês. A primeira morte foi registrada no dia 17 deste mês, em São Paulo.

Comparado com China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Itália, em nenhum desses países o pico de contágio ocorreu antes de se completar um mês de coronavírus.

Tabela: G1

De acordo com publicação do G1 os números de cada país mostram que, apesar de haver variações de cenário, a tendência é que a “explosão” de infecções se verifique em um período após os 30 primeiros dias.

Em 31 de janeiro a Itália registrou os dois primeiros casos, e em apenas 8 de maço o país resolveu isolar a região da Lombardia, responsável por parte importante da economia do país, em uma medida que afetou 16 milhões de pessoas. No dia seguinte, o isolamento foi  estendido para todos os 60 milhões de habitantes do país, que naquele momento já registrava mais de 400 mortes pelo novo coronavírus.

A estratégia bem-sucedida da Coreia do Sul, coordenada pelo Ministério da Saúde, foi estabelecida desde o primeiro dia: o objetivo era criar uma rede abrangente de diagnóstico e de redução da taxa de mortalidade, segundo publicação da BBC. "Detectar o vírus em seus estágios iniciais é essencial para poder identificar as pessoas infectadas, e, assim, impedir ou atrasar sua disseminação", disse à CNN Park Neunghoo, ministro da Saúde do país.

"Isso também nos permitiu planejar adequadamente os cuidados de saúde, porque apenas 10% dos infectados precisam de hospitalização", acrescentou.

Há um exemplo interessante sobre isso: Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram o primeiro caso de coronavírus em cada um deles no mesmo dia, 20 de janeiro. Mas até a segunda semana de março, os americanos tinham feito teste em 4,3 mil pessoas em seu território. Já o país asiático chegou a 196 mil testes no mesmo período. “Este método, embora tenha sido descrito como invasivo, conseguiu salvar vidas", explica Bugyeong Jung, jornalista do serviço coreano da BBC.

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