Cerveja
08h10 16 Janeiro 2020
Atualizada em 16/01/2020 às 08h30

Terceira morte por possível intoxicação por cerveja é confirmada em Minas

Por Cristiane Silva - Estado de Minas / Metro Jornal com BandNews FM
Marcos Vieira - Estado de Minas
Cerveja Belorizontina, da Backer

A Polícia Civil confirmou nesta quinta-feira (16) a terceira morte de um paciente que apresentava sintomas da chamada síndrome nefroneural, doença provocada pela intoxicação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina, da Backer. A vítima, um homem de 89 anos, estava em um hospital particular de Belo Horizonte/MG. O corpo dele foi enviado para o IML (Instituto Médico Legal) para necropsia e o laudo com as causas da morte deve ser divulgado em até 30 dias.

Ontem, a polícia descobriu que a água usada em cervejas da empresa está contaminada. Na manhã dessa quarta (15), outro paciente que era tratado no hospital também morreu. Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 77 anos, paciente que morreu ontem (15), será sepultado nesta quinta-feira (16) no Cemitério Bosque da Esperança, Região Norte de Belo Horizonte. O número de mortes ainda pode aumentar caso seja confirmado o óbito de uma moradora de Pompéu, Centro-Oeste de Minas, que também apresentou sintomas da doença. Ela tinha 60 anos. A Secretaria de Estado de Saúde aguarda mais informações sobre o caso.

Água contaminada

Exames encontraram dietilenoglicol (e o também tóxico monoetilenoglicol) na água usada na produção da cervejaria Backer. A substância está associada ao desenvolvimento da síndrome nefroneural por pelo menos 17 pessoas, que estão internados com sintomas como insuficiência renal e alterações neurológicas. Os agentes nocivos também foram detectados em outros tanques da fábrica, além do tanque 10, onde foi fabricada a Belorizontina, que teve o dietilenoglicol constatado em amostras, inicialmente de três e agora de sete lotes, um deles com rótulo de Capixaba, que é a mesma cerveja, destinada ao Espírito Santo. As análises das outras marcas da Backer não foram concluídas. O ministério trabalha com três hipóteses para a contaminação: sabotagem, vazamento ou uso inadequado de produtos tóxicos.

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