O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que a Coreia do Sul isentou a tarifa de importação sobre uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada do Brasil, exceto pelo corte conhecido como "barriga". Anteriormente, esse produto era taxado em 25%.

Conforme informado pelo Mapa, essa decisão representa um progresso nas tratativas bilaterais e fortalece o acesso da carne suína nacional a um dos mercados mais influentes da Ásia. O setor produtivo brasileiro comemorou a decisão sul-coreana.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a medida e destacou seu impacto positivo na expansão das exportações brasileiras. O presidente da ABPA, Ricardo Santin, enfatizou: "O estabelecimento de uma cota isenta é um sinal importante para o avanço das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul, um resultado positivo do trabalho do Ministério da Agricultura".

Santin também mencionou que a negociação está vinculada ao reconhecimento sanitário de estados brasileiros livres da febre aftosa sem vacinação. Até o momento, apenas Santa Catarina possui autorização para exportar carne suína para a Coreia do Sul, devido a esse status reconhecido. Contudo, existe expectativa de que o acesso seja ampliado para outras regiões, como Paraná e Rio Grande do Sul.

A Coreia do Sul ocupa a 16ª posição entre os destinos das exportações brasileiras de carne suína. No primeiro trimestre de 2025, o país importou 3,7 mil toneladas do produto nacional. Com um consumo per capita de cerca de 29 quilos por ano, os sul-coreanos são o quarto maior mercado global para carne suína. Em 2024, o volume total importado pelo país alcançou 785 mil toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).