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10h50 30 Abril 2025
Atualizada em 30/04/2025 às 10h50

Desemprego de 7% no 1º trimestre é o menor já registrado desde 2012

Por Redação TV KZ

O Brasil registrou, no primeiro trimestre de 2025, uma taxa de desocupação de 7%, acima dos 6,2% observados no trimestre anterior. Apesar desse aumento, essa é a menor taxa para o período de janeiro a março desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012.

O recorde anterior, de 2014, apontava uma taxa de 7,2% e em 2024 também havia alcançado o mesmo índice.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Essas informações foram divulgadas pelo IBGE e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. A pesquisa se destina a avaliar o mercado de trabalho, incluindo pessoas a partir de 14 anos e considerando todos os tipos de ocupação, desde trabalho com carteira assinada até atividades autônomas.

É importante destacar que a metodologia do IBGE não contabiliza como desempregadas as pessoas que estão fora da força de trabalho e não buscam emprego.

Aumento na Busca por Vagas

De acordo com a pesquisa, o aumento da desocupação de 2024 para 2025 foi influenciado pela demanda crescente por oportunidades de trabalho, que aumentou em 13,1%, atingindo 7,7 milhões de pessoas em busca de emprego. Esse número representa 891 mil a mais em comparação ao último trimestre de 2024, mas é 10,5% inferior ao mesmo período do ano anterior.

A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, ressalta que essa movimentação é sazonal e geralmente observada nos primeiros trimestres do ano.

Setores com Reduções

Os setores que apresentaram as maiores reduções no número de ocupados entre o final de 2024 e março de 2025 foram:

  • Construção: menos 397 mil pessoas;
  • Alojamento e alimentação: menos 190 mil pessoas;
  • Administração pública e saúde: menos 297 mil pessoas;
  • Serviços domésticos: menos 241 mil pessoas.

Impacto no Emprego Formal

Apesar da redução na ocupação, a taxa de empregados com carteira assinada permaneceu estável, totalizando 39,4 milhões, o que marca um recorde histórico, de acordo com Adriana. Este número é um indicativo de sustentabilidade no mercado de trabalho, que mostra resistência a oscilações macroeconômicas, mesmo em um cenário onde os juros altos têm sido utilizados para controlar a inflação.

A taxa de informalidade no mercado de trabalho também foi analisada, e ficou em 38% no primeiro trimestre de 2025, a menor desde 2020, refletindo uma queda significativa desde a última alta histórica.

Aumento dos Rendimentos

A pesquisa ainda mostrou que o rendimento médio mensal dos trabalhadores atingiu R$ 3.410, um novo recorde em relação ao trimestre anterior, que era de R$ 3.401. A massa de rendimentos também se aproximou de R$ 345 bilhões, muito perto do recorde anterior.

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