Economia
20h10 07 Maio 2025
Atualizada em 07/05/2025 às 20h10

Entidades do setor produtivo criticam aumento da Selic

Por Redação TV KZ

A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de aumentar a Taxa Selic (juros básicos da economia) para o maior patamar em 19 anos gerou reações negativas entre entidades do setor produtivo. Representantes da indústria, do comércio e centrais sindicais consideram a medida exagerada e perigosa para o emprego e a renda.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que o aumento de 0,5 ponto percentual da Selic traz um fardo ainda maior para a economia. A CNI destacou que a inflação está apresentando desaceleração, e a eventual recessão nos Estados Unidos pode impactar a cotação do dólar nos próximos meses.

Para a entidade, a elevação da Selic poderá agravar a desaceleração econômica que já se observa no país. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a necessidade de uma abordagem mais prudente por parte do Copom.

A Associação Paulista de Supermercados critica a continuidade do ciclo de alta da Selic, especialmente no contexto de recessão técnica dos Estados Unidos e os desafios econômicos enfrentados no Brasil. A associação alertou que a política monetária atual favorece a especulação em detrimento do investimento produtivo e da geração de empregos.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) considerou a elevação de meio ponto percentual da Selic como esperada. Em nota, a entidade observou que a inflação permanece acima do teto da meta, justificando medidas contracionistas.

Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o aumento dos juros é um ataque à população, que já enfrenta dificuldades financeiras. A CUT pediu que a política monetária se alinhe mais com os interesses dos cidadãos do que com os do mercado financeiro.

A Força Sindical classificou a decisão como “irresponsabilidade social”, argumentando que a maior taxa de juros impede o desenvolvimento econômico e aumenta o custo de vida. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que a nova taxa é extremamente alta e pode levar o país à recessão.

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