Economia
12h40 30 Abril 2025
Atualizada em 30/04/2025 às 12h40

Juros do cartão de crédito rotativo avançam e chegam a 445% ao ano

Por Redação TV KZ

As taxas médias de juros que os bancos cobram subiram em março, tanto para famílias quanto para empresas, refletindo um aumento expressivo no crédito rotativo do cartão de crédito. Essa taxa saltou 2,5 pontos percentuais, chegando a 445% ao ano.

A taxa do cartão rotativo é uma das mais altas do mercado. Apesar de haver um teto para a cobrança de juros, instituído em janeiro do ano passado, os juros continuam elevados, com uma certa oscilação nos meses.

De acordo com dados do Banco Central, a modalidade de crédito rotativo é acionada quando o cliente opta por pagar menos do que o total da fatura do cartão de crédito, resultando em um empréstimo com juros sobre a quantia não quitada. No período de 12 meses até março, a taxa de juros subiu 23,7 pontos percentuais para famílias.

Após 30 dias, as financeiras costumam parcelar a dívida, com os juros do cartão parcelado subindo 0,1 ponto percentual e apresentando uma queda de 9,6 pontos percentuais em 12 meses, estabelecendo-se em 181,1% ao ano.

Crédito Livre

Em março, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias aumentou 0,3 ponto percentual, somando uma alta de 3 pontos percentuais em 12 meses, e atingindo 56,4% ao ano.

Os juros do cheque especial, por outro lado, sofreram uma redução de 8 pontos percentuais, totalizando 134,2% ao ano, com um crescimento de 6,1 pontos percentuais no mesmo período anual. Essa modalidade possui limite de cobrança de 8% ao mês.

No que se refere ao crédito direcionado, as taxas para pessoas físicas atingiram 11,4% ao ano em março, aumentos de 0,9 ponto percentual em um mês e de 1,6 pontos em 12 meses. Para empresas, a taxa subiu 4,7 pontos percentuais mensalmente e 4,9 pontos ao ano, chegando a 18,4%.

Esses aumentos vêm acompanhando um período de alta na taxa Selic, que está fixada em 14,25% ao ano conforme decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o que tem o intuito de controlar a inflação.

Os dados indicam que a taxa de captação de recursos pelos bancos cresceu 0,8 ponto percentual, avançando para 11,9% em março.

A inadimplência, que diz respeito a atrasos superiores a 90 dias, se manteve estável em 3,2% em março, com 3,8% nas operações para pessoas físicas e 2,2% para jurídicas.

O endividamento das famílias atingiu 48,2% em fevereiro, uma redução de 0,3% no mês, mas um aumento de 0,4% comparado a 12 meses anteriores. Ao excluir o financiamento habitacional, esse número cai para 30,1%.

O comprometimento da renda, que reflete a proporção da renda média destinada ao pagamento de dívidas, foi de 27,2% em fevereiro.

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