Mais de 57 milhões de brasileiros vivem em cidades com desenvolvimento baixo ou crítico. Um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que, em 2023, 47,3% dos municípios do país apresentaram Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) considerado insuficiente.
Na pesquisa, 4,5% dos municípios foram classificados como críticos e 42,8% como baixos. Em contraste, apenas 48,1% alcançaram um nível moderado e 4,6% foram considerados altos. Esta pesquisa também destaca uma melhora no desenvolvimento humano municipal ao longo da última década, apesar de alguns estados ainda enfrentarem desafios significativos.
Em 2013, 36% das cidades estavam na categoria crítica, envolvendo 103,8 milhões de pessoas. O IFDM é calculado com base em indicadores de emprego, renda, saúde e educação, com pontuação que varia de 0 a 1.
Nos últimos dez anos, a média do IFDM no Brasil subiu de 0,4674 para 0,6067, com 5.495 municípios apresentando progresso nesse índice. Municípios menores, com até 20 mil habitantes, mostraram um crescimento mais acentuado do que os maiores.
O indicador de educação se destacou, apresentando uma evolução de 52,1%. Entretanto, a disparidade entre as cidades menos desenvolvidas e as mais ricas permanece alarmante, levando alguns a estimar que, se a tendência continuar, municípios críticos só alcançarão o nível de desenvolvimento alto em 2046.
A região Norte e Nordeste do Brasil concentra a maioria dos municípios com índice crítico ou baixo, com destaque para o Amapá, onde 100% das cidades estão nessa condição. Em São Paulo, apenas 0,3% dos municípios estão nessa faixa, mostrando uma diferença significativa entre as regiões.
A lista das cidades com melhor IFDM é dominada por municípios de São Paulo e Paraná. Águas de São Pedro lidera, enquanto as capitais com os piores índices estão, em sua maioria, no Norte e Nordeste do Brasil.