Deputados Federais do Centro-Oeste de Minas são citados em delação apresentada ao Ministério Público pelo ex-executivo da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior. A delação informa pagamentos feitos via caixa dois à 179 políticos durante os anos de 2008 e 2014.
Domingos Sávio teria recebido R$25 mil para apresentar emendas que beneficiassem a Odebrecht. Já Jaime Martins recebeu em 2010 um repasse de R$50 mil para defender projetos de interesse da companhia.
Segundo nota encaminhada ao G1, Jaime Martins disse que o pais vive um momento delicado politicamente e “é lamentável essa onde de denuncismo irresponsável, onde afirmações absurdas e graves, como as apresentadas, venham a público sem a devida apuração de sua veracidade”.
Ainda de acordo com o G1, o Deputado Domingos Sávio declarou que o parlamentar desconhece e nunca se encontrou com nenhum dirigente da Odebrecht. “Nunca recebi recursos não declarados desta empresa. Conforme pode ser comprovado na minha prestação de contas da campanha de 2014, recebi e declarei duas doações que me foram feitas através do partido PSDB, cujo doador foi a Construtora Norberto Odebrecht, sendo uma de R$20 mil e outra de R$30 mil. Essas doações foram legalmente declaradas e minhas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral”, comentou.
Benedicto Barbosa da Silva Junior, de 55 anos, passou trinta deles na Odebrecht. Entrou como trainee, recém-saído da Escola de Engenharia Civil de Lins, no interior de São Paulo, e tornou-se presidente da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) – terceiro nome na hierarquia do grupo, considerado o patrimônio da divisão que comanda. Nesse período, construiu não apenas uma carreira de sucesso, mas também uma relação de proximidade com o herdeiro da gigante, Marcelo Odebrecht. Alvo da Acarajé, 23ª fase da Operação Lava Jato, Barbosa juntou-se ao chefe novamente nesta semana, ao ser preso pela Polícia Federal. Ele foi solto na tarde desta sexta-feira após expirar o prazo de cinco dias da prisão temporária.
Fonte: TV Bambuí