Estamos tentando converter a multa da VALE de R$ 250 milhões em investimentos em sete Parques Nacionais em MG, para infra-estrutura, trilhas, atividades e serviços que as tornem mais atrativas para o ecoturismo através de concessão futura.
A Vale pode assumir a administração de sete parque nacionais localizados em Minas Gerais, dentre eles o da Canastra e Cipó, ambos na lista dos mais visitados do Estado. O acordo em discussão com o Ministério do Meio Ambiente visa converter os R$ 250 milhões em multas ambientais aplicadas à empresa por conta do crime ambiental em Brumadinho em investimentos em infraestrutura nos parques.
A informação foi divulgada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na manhã desta segunda-feira (8). “Estamos tentando converter a multa da Vale de R$ 250 milhões em investimentos em sete Parques Nacionais em MG, para infra-estrutura (sic), trilhas, atividades e serviços que as tornem mais atrativas para o ecoturismo através de concessão futura”, escreveu o ministro.
Estamos tentando converter a multa da VALE de R$ 250 milhões em investimentos em sete Parques Nacionais em MG, para infra-estrutura, trilhas, atividades e serviços que as tornem mais atrativas para o ecoturismo através de concessão futura.
Dentre os parques estão: Serra da Canastra; Cipó; Caparaó; Sempre-Vivas; Gandarela; Grande Sertão Veredas e Cavernas do Peruaçu. A Vale informou que se reuniu com o ministro e apresentou a proposta.
“Neste momento, a viabilidade jurídica desta iniciativa está sendo estudada pelo Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com o ICMBio, Ibama, Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais e Advocacia Geral da União”, diz a mineradora.
Até o momento, o crime ambiental provocado pela empresa já deixou 224 mortos identificados e 69 pessoas desaparecidas.
Multas em Minas
Questionado, sobre o tema, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente informou que não pretende fazer acordos do tipo com a mineradora. Ainda segundo o órgão, desde a tragédia, quatro multas ambientais foram aplicadas à Vale, totalizando o valor de R$ 99,2 milhões. O valor já foi integralmente quitado pela mineradora, no dia 28 de fevereiro.