Lagoa Santa/MG
14h10 04 Fevereiro 2022

Homem é preso suspeito de se passar por coronel do Exército para conquistar mulheres

Por Priscila Pedroso - TV KZ
PC - Divulgação
O suspeito usava artigos do Exército para dar credibilidade

Um homem, de 52 anos, foi preso na manhã dessa quinta-feira (3), suspeito de estelionato. Ele é investigado por se relacionar com ao menos três mulheres para conseguir dinheiro delas. A prisão ocorreu em Lagoa Santa, na região Metropolitana de Belo Horizonte/MG.  

Segundo informações da Polícia Civil (PC), o prejuízo total às vítimas já identificadas chega a, aproximadamente, R$ 400 mil. As investigações, a cargo da 2ª Delegacia Especializada de Investigação de Fraudes, apontam que o investigado se apresentava como coronel reformado do Exército Brasileiro para conquistar as vítimas. “Era uma forma de parecer que tinha boa condição financeira e que não as enganaria. Contudo, confirmamos que ele apenas prestou serviços para a corporação, brevemente, nos anos de 1980”, explica o delegado responsável pelo caso, Gustavo Xavier. “Para tanto, ele ostentava carteira, medalhas, insígnias e outros artigos do Exército para dar credibilidade ao personagem que apresentava”, completa. 

Ao se aprofundar nos relacionamentos com as mulheres, o suspeito passava, em tese, a pedir empréstimos, com valores que variavam de acordo com as economias das vítimas. “Uma delas, teve prejuízo de R$ 300 mil. Outra, chegou a passar R$ 50 mil em várias parcelas e um veículo”, esclarece Xavier.  

As investigações revelaram, ainda, que após conseguir as somas, o suspeito desaparecia e procurava outras mulheres para iniciar um relacionamento supostamente com o propósito de aplicar o mesmo golpe. Em todos os casos, ele teria aberto empresas com os dados das vítimas que, por fim, acabaram sofrendo também processos trabalhistas.  

Mais vítimas  

Após quase cinco meses de apuração, a PC prendeu o suspeito ontem, em uma obra onde trabalhava como empreiteiro.  

O chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), delegado Júlio Wilke, destaca a gravidade da natureza do crime. “Além do prejuízo financeiro, é muito traumático para essas mulheres terem o psicológico abalado por essa relação falsa que se criou. Ainda assim, é essencial que todas as vítimas, com certeza existem mais, procurem a polícia para denunciá-lo”, pontua.  

A investigação do crime de estelionato é condicionada à representação da vítima, conforme lembra o chefe de Divisão do Decoof, delegado Eric Brandão. “Portanto, é necessário que, além de registrar um boletim de ocorrência, as vítimas compareçam à delegacia para assinarem o termo de representação”, esclarece o delegado, ao destacar que a pena para o crime de estelionato pode chegar a cinco anos de reclusão.  

O suspeito, que já acumulava mais de 20 registros policiais por estelionato, foi ouvido e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional. 

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