Perdizes/MG
06h53 16 Outubro 2020
Atualizada em 16/10/2020 às 16h44

PC deflagra operação que apura compras de votos, em Perdizes/MG; duas pessoas foram presas

A investigação apura também coação e ameaças.
Por Priscila Pedroso - TV KZ
PC - Divulgação
Policiais que participaram da operação

A Polícia de Civil (PC) chefiada pelo Delegado Regional, Vitor Hugo Heisler, coordenada pelo Delegado Rafael Pereira Silva Gallo, e pelo Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais, coordenado pela Promotora de Justiça Bárbara Francine Prette Nunes, deflagoru na manhã desta sexta-feira (16) a operação "Voto de Cabresto" que apura irregularidades nas Eleições Municipais 2020, em Perdizes/MG. 

Segundo a PC, o vice-prefeito, Vinícius Barreto, que também é alvo das investigações está foragido. Dois homens, funcionários públicos, foram presos. Eles são suspeitos de usar do poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações. 

A ação visou combater um grupo criminoso responsável pela prática de inúmeros ilícitos eleitorais. Durante as investigações a PC apurou que o grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes ao cargo de prefeito.  

Foi também revelado que o vice-prefeito e seus apoiadores forneciam materiais de construção como tijolos, cimento, areia, telhas e portas para eleitores em troca de voto.   

Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes, sendo recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, as quais comprovadamente deturpavam o sistema eleitoral e o livre exercício do voto.  

Buscas também foram feitas na Prefeitura Municipal e na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais.   

O nome da operação “Voto de Cabresto” faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da Prefeitura Municipal e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.  

Participaram da ação policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Araxá/MG e policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE/PCMG).

*Errata: A TV KZ havia informado que o vice-prefeito, o qual possui um mandado de prisão em seu desfavor, tinha sido preso, no entanto, ele segue foragido.

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