Santa Rosa da Serra/MG
13h13 21 Março 2024

Casas de conjunto habitacional são invadidas, mas desocupadas pela PM em seguida, em Santa Rosa da Serra/MG

Três homens foram presos.
Por Marcelo The Back - Jornalista - MTB: 0020754/MG
Casas que foram invadidas em Santa Rosa da Serra/MG.

Várias pessoas invadiram as casas do residencial da Baixada em Santa Rosa da Serra/MG na manhã desta quinta-feira (21). Três homens foram presos pela Polícia Militar (PM). Um homem gravou e enviou um vídeo à TV KZ dizendo que as famílias estavam desabrigadas e como a obra da Caixa Econômica Federal estava abandonada, segundo ele, resolveram invadir.

A PM disse que monitorava o grupo desde 7 de fevereiro deste ano, após receber denúncias de que um homem estaria organizando a invasão e que na manhã de hoje (21) a equipe observou pelo sistema de videomonitoramento uma movimentação anormal em frente à residência dele. Ainda segundo a PM, cerca de 15 pessoas adentraram à residência do suspeito e saíram com colchões, cadeiras e utensílios domésticos. Em seguida, invadiram as casas em construção forçando a abertura das janelas pelo lado externo e colocaram os objetos domésticos no interior delas.

A polícia também informou que o homem organizou uma aglomeração de pessoas em via pública com várias mulheres e crianças, próximo ao local da invasão, com o intuito de impedir a ação policial e causar comoção social. Durante a movimentação, um homem foi visto portando um facão.

Assim, as equipes da PM realizaram a abordagem e prisão dos suspeitos, além da apreensão da arma branca. As pessoas que ocuparam as casas concordaram em retirar os pertences e deixaram o local.

A reportagem da TV KZ apurou que a construção das casas está parada, caso que ocorre também em Campos Altos/MG. A empresa vencedora da licitação, havia deixado a obra por falta de recursos.

Em uma entrevista exclusiva concedida à TV KZ, o prefeito de Santa Rosa da Serra, José Humberto Ribeiro, falou sobre a situação das casas e, mesmo a obra sendo de responsabilidade da Caixa, garantiu que este ano a população terá acesso às moradias. Zé também discutiu os avanços e desafios enfrentados na conclusão do conjunto habitacional. "Esse conjunto habitacional foi iniciado no governo Temer. Tinha um prazo de execução, infelizmente a construtora que estava tocando não pôde finalizar porque faltou dinheiro", explicou o prefeito.

O prefeito enfatizou a falta de programas sociais do governo anterior com projetos voltados para pessoas de baixa renda, como é o caso do residencial da Baixada, que atende a faixa um. E por isso, segundo ele, faltou dinheiro e a obra segue parada até o momento. "São recursos subsidiados pelo governo federal, não é nenhum tipo de financiamento, são recursos oriundos do orçamento geral da União, chamado de OGU", esclareceu.

O prefeito destacou os esforços para retomar as obras do conjunto habitacional, mencionando sua participação em diversas reuniões com a Caixa Econômica e no Ministério da Cidade. "Graças a Deus e nossa força de vontade, as obras foram novamente licitadas", afirmou.

Durante o período de paralisação das obras, houve um aumento nos custos devido à inflação, o que exigiu uma nova licitação e a escolha de uma nova construtora para dar continuidade ao projeto. "Mas toda essa parte burocrática já foi sanada, já foi vencida, e agora chegou realmente o momento de retomar as obras e finalizá-las", ressaltou o prefeito.

José Humberto Ribeiro também abordou a questão das pessoas que invadiram as casas do conjunto habitacional, indicando que são pessoas de outras cidades que vieram causar problemas. "Só quero reforçar que ainda este ano vamos entregar o Minha Casa, Minha Vida, residencial da Baixada", assegurou.

Ele concluiu sua fala reafirmando o compromisso de entregar as casas aos contemplados antes do final de seu mandato e pedindo paciência à população. "Quero deixar aqui a mensagem e dizer a vocês que tenham um pouco de paciência, mas que tudo acontece no tempo certo, no tempo de Deus. Vamos entregar com certeza. Abraço a todos", finalizou o prefeito.

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