Mercado da Soja inicia a semana em um cenário desafiador, com preços em queda no Brasil. A Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou redução nas cotações, impactando diretamente o mercado interno.
Segundo Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, a situação permanece tensa, uma vez que produtores demonstram resistência em negociar novos volumes após boas vendas em abril. A indústria, por sua vez, oferta preços abaixo da paridade de exportação, frustrando ainda mais as expectativas de venda.
A sessão desta segunda-feira na CBOT terminou com quedas nos contratos futuros da soja. O clima favorável para o plantio nos EUA e a falta de progresso nas negociações comerciais entre a China e os EUA foram fatores determinantes para a baixa. O interesse chinês por soja da América do Sul cresce, intensificando a competitividade nos preços internos.
Adicionalmente, a redução do petróleo e um panorama global de aversão ao risco reforçaram o clima negativo nos mercados. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgará dados atualizados sobre o plantio, prevendo um bom ritmo nas atividades.
As inspeções semanais de exportação americana totalizaram 324.101 toneladas na semana encerrada em 1º de maio, um declínio em relação às 457.844 toneladas da semana anterior.
O contrato de julho da soja caiu 12,50 centavos (1,18%), fechando a US$ 10,45 1/2 por bushel. A posição de novembro perdeu 8,25 centavos (0,80%), terminando em US$ 10,22 1/4 por bushel.
No farelo, a cotação de julho recuou US$ 1,40 (0,47%), para US$ 295,50 por tonelada. O óleo de soja para julho caiu 0,70 centavo (1,41%), ao se fechar em 48,73 centavos de dólar por libra-peso.
O dólar comercial registrou valorização de 0,62%, cotado a R$ 5,6898 na venda e R$ 5,6878 na compra, com oscilações que variaram de R$ 5,6293 a R$ 5,6908.