As bolsas da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira, 28, em queda, devolvendo os ganhos da manhã, em meio à cautela dos investidores com os desdobramentos das negociações comerciais entre Estados Unidos e União Europeia. O mercado também digeriu dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) da França, ainda que em linha com as expectativas.
Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,59%, aos 8.726,01 pontos, na mínima do dia. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,78%, aos 24.038,19 pontos, também no piso da sessão. Em Paris, o CAC 40 fechou em baixa de 0,49%, aos 7.788,10 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve variação discreta de 0,01%, aos 40.127,75 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,13%, aos 7.361,14 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, caiu 0,98%, aos 14.100,60 pontos. Os dados são preliminares.
"Embora mais tempo para negociações entre UE e EUA seja uma boa notícia, a velocidade da recuperação das ações sugere que os investidores podem ter se tornado otimistas demais quanto ao rumo das conversas comerciais", avaliou Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management.
As ações de montadoras subiram com força após relatos de negociações avançadas com o governo dos EUA para aliviar tarifas impostas pela gestão Trump sobre peças e veículos importados. A BMW avançou 4,3%, a Mercedes-Benz ganhou 2,71%, e a Volkswagen subiu 1,15%. Na contramão, a Stellantis - dona de marcas como Fiat, Peugeot e Jeep - caiu 2,23% após anunciar o italiano Antonio Filosa como novo CEO global.
Em Madri, o BBVA cedeu 2,25% e foi a maior queda porcentual do Ibex-35. O governo espanhol planeja uma revisão adicional da oferta hostil do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria pelo Banco de Sabadell, seu concorrente menor, prolongando ainda mais a batalha de aquisição que já dura um ano.
No front macroeconômico, representantes da UE e dos EUA têm um encontro marcado para quinta-feira, em mais uma tentativa de destravar as negociações antes do prazo final de 9 de julho, segundo a Bloomberg.
Já na França, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% no primeiro trimestre de 2025 ante os três meses anteriores, em linha com as expectativas do mercado.