O dólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 30, impulsionado pela valorização global da moeda diante da tarifa de 25% dos EUA sobre importações da Índia, possibilidade de extensão da trégua tarifária com a China e incertezas sobre sanções americanas ao Brasil.
O mercado de câmbio também acompanha a correção dos rendimentos dos Treasuries, enquanto investidores aguardam as decisões de juros do Federal Reserve, às 15h, e do Copom, após 18h30, com previsões de manutenção das taxas em ambos os casos.
O presidente americano, Donald Trump, reafirmou que o prazo de 1º agosto "permanece firme" para a entrada em vigor das tarifas e não será prorrogado.
O republicano anunciou que a Índia pagará 25% de tarifas e ainda receberá punições por muitos motivos.
Na reta final antes do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que há possibilidade de uma nova conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, quando ele regressar da Europa. Segundo o ministro, o governo só apresentará as ações para fazer frente ao tarifaço após saber efetivamente qual será a decisão dos EUA contra o Brasil.
O setor privado dos EUA criou 104 mil empregos em julho, segundo pesquisa ADP, ligeiramente abaixo da expectativa de 105 mil vagas prevista por analistas da FactSet.
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) recuou 0,77% em julho, após queda de 1,67% em junho, segundo a FGV. Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,96% em 12 meses e queda de 1,70% neste ano.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1 ponto na passagem de junho para julho, na série com ajuste sazonal, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2021.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 2,2 pontos na passagem de junho para julho, para 87,1 pontos.