O saldo das aplicações na caderneta de poupança cresceu pelo segundo mês consecutivo, com uma entrada líquida de R$ 2,1 bilhões em junho. Os depósitos, que somaram R$ 365,7 bilhões, superaram os saques de R$ 363,5 bilhões, conforme relatório do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (7).
No mês, os rendimentos creditados nas contas totalizaram R$ 6,4 bilhões, elevando o saldo da poupança para pouco mais de R$ 1 trilhão. Este é o segundo mês seguido com resultados positivos, após um período de quatro meses de saques. Até agora, em 2025, a caderneta registrou um resgate líquido total de R$ 49,6 bilhões.
Nos últimos dois anos, a poupança enfrentou um padrão de saques superiores aos depósitos, com retiradas líquidas em 2023 e 2024 de R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Um dos fatores que contribuíram para os saques é a elevação da Selic, a taxa básica de juros, que tem impulsionado aplicações em investimentos com maior retorno. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic pela sétima vez consecutiva para 15% ao ano, durante essa fase de contração da política monetária.
O Copom informou que planeja manter a Selic nesse patamar por um período prolongado enquanto observa os impactos sobre a economia, mas não descartou novas elevações, caso haja aumento na inflação.