A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou ao tribunal do órgão antitruste a rejeição da aquisição, pela SM Empreendimentos-Purifarma, da totalidade das quotas representativas do capital social da Gemini, e, indiretamente, de sua subsidiária Lepuge. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Empresas de ambos os grupos atuam nos mercados de distribuição de insumos farmacêuticos, cosméticos, alimentícios e fitoterápicos para as farmácias de manipulação, a indústria farmacêutica, cosmética, alimentícia, de suplementos, veterinária e para os órgãos públicos; além da distribuição de produtos de EPI.
"Ambos são capazes de ofertar insumos a preços competitivos, pois vendem quantidades significativas de insumos e usufruem de ganhos de escala. Assim, entende-se que os níveis de rivalidade atualmente existentes no mercado de distribuição de insumos farmacêuticos para farmácias magistrais não são suficientes para tornar improvável o exercício de poder de mercado das requerentes no Brasil", avaliou a Superintendência-Geral do Cade.
O órgão chegou a oferecer às empresas a negociação de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) para mitigar as preocupações decorrentes da sobreposição horizontal gerada pela operação, mas os grupos optaram por não apresentar nenhuma proposta.