Empresa responsável pelo balão que caiu em Praia Grande (SC) na manhã deste sábado, 21, a Sobrevoar Serviços Turísticos suspendeu por tempo indeterminado suas operações "em respeito às vítimas, seus familiares e à comunidade". O balão tinha 21 passageiros a bordo. Oito pessoas morreram e outras 13 se jogaram do equipamento, conseguindo se salvar.
A empresa diz cumprir todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e não ter registro anterior de acidentes.
"Infelizmente, mesmo com todas as precauções necessárias e com o esforço do nosso piloto, que possui ampla experiência e adotou todos os procedimentos indicados tentando salvar todos os que estavam à bordo do balão, sofremos com a dor causada por essa tragédia", afirma a Sobrevoar em nota.
Ainda não há hipóteses sobre a causa do acidente, que é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado. A Anac diz verificar a situação da aeronave e da tripulação.
Atualmente, as regras para a prática turística de balonismo exigem apenas uma certificação específica para pilotos - a Licença de Piloto de Balão Livre - e inspeções técnicas periódicas nos equipamentos.
No início de junho, a Secretária de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo (MTur), Cristiane Leal Sampaio, criticou a falta de regulamentação específica em um evento realizado no início de junho em Praia Grande, onde ocorreu o acidente. O município catarinense é chamado de "Capadócia Brasileira", em referência à cidade turca que é conhecida pela prática do balonismo.