Política
17h10 05 Agosto 2025
Atualizada em 05/08/2025 às 17h10

Deputado do PL pede a Moraes licença para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

Por Nino Guimarães Fonte: Estadão Conteúdo

Em menos de 24 horas após a decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Marcelo Moraes (PL-RS) protocolou, no Supremo Tribunal Federal, o primeiro pedido para fazer uma 'visita institucional ' na residência do ex-presidente. O parlamentar alega que o encontro tem caráter 'estritamente institucional e humanitário', com a motivação da 'relevância do papel público do ex-chefe de Estado' e pela 'atual condição excepcional a que está submetido'.

Na petição, Marcelo Moraes diz que está à total disposição para 'cumprir rigorosamente todas as condições', inclusive com 'limitação de tempo, acompanhamento oficial ou quaisquer outras medidas necessárias ao fiel cumprimento das medidas cautelares em vigor'.

Na segunda-feira, 4, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro, alegando descumprimento das medidas cautelares. Com a decisão, o ex-presidente está proibido de receber visitas, com exceção de seus advogados e pessoas previamente autorizadas pela Corte.

Ao pedir autorização para visitar Bolsonaro em seu endereço em Brasília, o parlamentar ressalta que, se for necessário, cumprirá 'as condições específicas para a realização da visita'. A petição foi protocolada na Ação Penal 2668, do STF, que julga o 'núcleo crucial' da tentativa de golpe de Estado em favor de Bolsonaro.

Nas redes sociais, Marcelo Moraes afirma que o ex-presidente é 'perseguido' pelo STF e defende o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Ao determinar a prisão domiciliar, Moraes considerou que a participação - por meio de ligação via celular com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) - em manifestações públicas em Copacabana e na Avenida Paulista no domingo, 3, serviu como 'tentativa de coagir o STF e obstruir a Justiça'.

O ministro afirmou que, 'agindo ilicitamente, Jair Messias Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, tanto que, o telefonema com o seu filho, Flávio Nantes Bolsonaro, foi publicado na plataforma Instagram'.

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