Em uma carta divulgada na noite de domingo (13), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, respondeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacando que a tarifa de 50% imposta ao Brasil foi resultado de uma “compreensão imprecisa dos fatos” e reafirmou que “no Brasil de hoje, não se persegue ninguém”.

No documento, Trump justificou a tarifa apontando supostas ações do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente responde a processos no STF por tentativas de golpe de Estado. O presidente dos EUA mencionou também ordens do STF direcionadas a apoiadores de Bolsonaro nos Estados Unidos, o que inclui empresas de tecnologia norte-americanas.

Realidade brasileira

Barroso, ao reafirmar seu compromisso com a verdade, listou incidentes desde 2019 que indicam uma nova ameaça à democracia no Brasil. Entre eles, ele citou:

“Tentativa de atentado terrorista a bomba no aeroporto de Brasília; tentativa de invasão da sede da Polícia Federal; tentativa de explosão de bomba no STF; alegações infundadas de fraude nas eleições; e ameaças contra a vida de ministros do STF.”

O presidente do STF também afirmou que, segundo o Procurador-Geral da República, houve planejamento de uma nova tentativa de golpe, supostamente liderada por Bolsonaro, que incluía um plano para assassinar Lula e outros dirigentes.

“Um tribunal independente é essencial para evitar o colapso das instituições, como já ocorreu em diversos países. As ações que estão em andamento observam com rigor o devido processo legal, garantindo total transparência durante as audiências.”

Por fim, Barroso destacou que não há censura no Brasil e que as decisões do STF visam a proteção da liberdade de expressão e da constituição, mencionando recentes determinações sobre a responsabilidade das redes sociais.