O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (15) que os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin permanecerão no julgamento relacionado a denúncias de uma suposta trama golpista. A votação, que ocorreu durante um julgamento virtual, também rejeitou o pedido de impedimento do procurador-geral da República.
A solicitação para afastamento partiu da defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais, que busca contestar o envolvimento desses ministros no caso. A Primeira Turma do STF é a responsável por esse julgamento.
Em decisão anterior, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, negou os pedidos de impedimento, os quais foram recorridos pelos advogados do ex-assessor. Ao todo, seis ministros já se manifestaram contra o afastamento, com apenas uma divergência apresentada.
O julgamento do núcleo 2 da denúncia está agendado para os dias 22 e 23 de abril. Acusados de organizar ações para manter Bolsonaro no poder, figuras proeminentes desse núcleo incluem ex-assessores e oficiais de segurança. Até o momento, somente o núcleo 1 teve seu julgamento concluído, resultando na decisão unânime que torna Jair Bolsonaro e outros sete réus, incluindo diversos ex-assessores. Outros três núcleos ainda aguardam julgamento.