O Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou as medidas de segurança para as sessões em que são ouvidos na Primeira Turma o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 réus acusados de integrarem o "núcleo crucial" da trama golpista que pretendia invalidar o resultado das eleições de 2022.
A principal mudança no protocolo de proteção foi o aumento no número de barreiras com detectores de metal. Antes para acessar a Primeira Turma era preciso passar por apenas uma inspeção. A partir desta semana, os réus, advogados e demais pessoas interessadas em acompanhar a inquirição serão submetidas a duas revistas de detecção.
O STF posicionou duas viaturas e um número maior de agentes da Polícia Judicial na área externa da Primeira Turma, por onde geralmente passam as pessoas que vão acompanhar as sessões de julgamento. No mesmo local também estão posicionados policiais e cães farejadores responsáveis por varreduras e monitoramento de ameaças.
Essas medidas se somam ao aumento no número de policiais judiciais mobilizados para atuar na segurança da Primeira Turma. O reforço no protocolo de proteção se deve ao fato de a sessão contar a presença de um ex-presidente, três ex-ministros de Estado, um ex-comandante da Marinha e um deputado federal, além dos cinco ministros que integram a Primeira Turma.
Bolsonaro, por exemplo, chegou cedo ao STF e transitou pela Primeira Turma cumprimentando advogados e aliados, que também se sentam no banco dos réus. O presidente foi colocado ao centro da bancada de depoentes e manterá contato visual direto com o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.