Política
20h20 06 Maio 2025
Atualizada em 06/05/2025 às 20h20

Tereza Cristina: Vemos clima diferente; distensionamento para acordo entre UE e Mercosul

Por Anna Scabello, Eduardo Laguna, Isadora Duarte e Leandro Silveira Fonte: Estadão Conteúdo

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou nesta terça-feira, 6, que há um novo ambiente político entre Europa e Brasil, mais favorável ao avanço do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). "Vejo um clima totalmente diferente, um distensionamento", declarou. Segundo ela, os países europeus "veem o Brasil com outros olhos" atualmente.

Apesar do tom otimista, a ex-ministra da Agricultura também defendeu a aplicação da chamada lei da reciprocidade, que prevê medidas comerciais contra países que adotem barreiras ao Brasil. "Com certeza, de forma pragmática e responsável", disse, durante evento promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Estadão e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), em São Paulo.

Tereza Cristina ponderou, no entanto, que o cenário global exige cautela. "Toda essa mudança, toda essa transformação na área do comércio internacional exige muita cautela. Principalmente no Brasil", afirmou, destacando o peso do agronegócio brasileiro nas exportações globais.

A lei da reciprocidade voltou ao centro dos debates após a aprovação, pela União Europeia, da EUDR, a legislação antidesmatamento do bloco. Para a senadora, a norma europeia foi "construída para atingir o Brasil" e pode ter impactos significativos sobre as vendas externas do país. "A lei da reciprocidade precisa proteger o Brasil de qualquer situação", reforçou.

Ela ressaltou, ainda, que o texto brasileiro foi elaborado com base em princípios amplos, sem direcionamento a países ou blocos específicos, e pode ser ajustado. "Ela foi feita com responsabilidade. Foi construída em uma Câmara onde já se começaram os debates. Já temos elementos - jurisprudência, experiências - para criar determinados momentos de reação", afirmou.

A aplicação prática da medida, contudo, dependerá do "juízo do presidente", disse, em comentário em referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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