Campeonato Brasileiro
20h00 25 Maio 2025
Atualizada em 25/05/2025 às 20h00

Auxiliar do Palmeiras faz duras acusações contra arbitragem e VAR: 'Jeitinho brasileiro'

Em sequência de duelos com os melhores times do Brasileirão, o Palmeiras chegará ao embate com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, sem seus dois principais zagueiros: Gustavo Gómez e Murilo levaram o terceiro amarelo e são desfalques na próxima rodada. Os cartões foram claros, mas a arbitragem não passou ilesa no Allianz Parque. A bronca de João Martins, substituto do suspenso Abel Ferreira na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, foi contra o VAR, em sua visão, decisivo no resultado e tendencioso aos cariocas.

O auxiliar técnico falou em "jeitinho brasileiro" para definir a arbitragem do catarinense Ramon Abatti Abel nos lances capitais, sugerindo ajuda ao Flamengo. A bronca veio em dose tripla: a demora em anotar o toque de mão de Varela no pênalti ao Palmeiras (havia a dúvida se foi na área), a penalidade anotada para os cariocas em lance que João Martins achou "normal" (Murilo segurou Arrascaeta, mas ele alegou uso do corpo) e em uma falta na área de Alex Sandro ignorada antes do intervalo.

"Primeiro de tudo, para tudo ficar bem claro, houve nossa ineficácia no pênalti. Depois, existem regras para cumprir aqui no Brasil. São sempre jornadas irregulares que inventam. Estamos aqui há quatro anos e meio e já sabemos que hoje em dia é o VAR é quem manda no jogo. O Ramon (Abel Abbati) não consegue tomar uma decisão sem esperar que o VAR diga sim. Nunca vi isso", disparou João Martins.

"A regra do nosso pênalti é muito simples, o VAR só tem de dizer se é dentro ou fora e na dúvida deixa seguir a decisão do campo. É clara a regra e não sei o que eles gostam de inventar", disse. "O que custa cumprir a regra? A seguir, sabíamos que era impossível marcar dois pênaltis contra o Flamengo. O pênalti claro do Alex Sandro que o senhor Wagner (Reway, responsável do VAR) não viu. Vamos ser sinceros: dois pênaltis contra o Flamengo em 45 minutos é impossível no Brasil", disparou. "Principalmente aqui, há a lei do jeitinho brasileiro, da compensação", seguiu o auxiliar, em acusações que devem levá-lo a explicações nos tribunais esportivos.

Ele foi além: "Sabíamos que depois de marcar um pênalti ao Palmeiras, a obrigação era fazer o gol, porque depois vai ser sempre contra. Já marcou um, agora vai ser sempre contra. É assim que funciona aqui, é assim que nós temos de viver e por vezes nos revoltamos tanto", afirmou. "A gente só quer que a regra seja cumprida. E o segundo pênalti só nos resta rir. Mais uma vez o senhor Wagner decidiu o jogo. O Ramon mandou seguir, está a um metro, e todos viram que futebol é jogo de contato. Se o Murilo tivesse agarrado, eu era o primeiro a dizer que foi pênalti. Murilo usou o corpo para ganhar a posição, simples, e Arrascaeta já olha para trás. Ramon teve coragem de deixar seguir, mas a pressão externa é tanta que o VAR chama e condiciona tanto com imagens paradas e foi marcado porque houve um no primeiro tempo. Inacreditável como cada um faz a regra a sua maneira. Isso chama-se amadorismo e só exigimos profissionalismo. Não pode acontecer", acusou o treinador interino, visivelmente transtornado.

Depois de ganhar do Red Bull Bragantino e perder do Flamengo, o Palmeiras fecha a trinca de duelos com os melhores no domingo, diante do Cruzeiro, no Mineirão. Antes, fecha a fase de grupos da libertadores com o Alianza Lima, no Allianz Parque.

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