Futebol
16h20 07 Junho 2025
Atualizada em 07/06/2025 às 16h20

Alisson admite necessidade de melhora tática na seleção e crê em 'efeito Ancelotti' até a Copa

Por Leonardo Catto Fonte: Estadão Conteúdo

O sistema defensivo da seleção brasileira foi o destaque da estreia de Carlo Ancelotti, no empate sem gols com o Equador, na quinta-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Para o goleiro Alisson, é essa a "base" para que o time do Brasil possa melhorar. Ele reconhece o déficit tático, mas crê que, a partir da conquista da vaga para a Copa do Mundo, haverá tranquilidade para evoluir - a classificação pode vir na próxima rodada.

O goleiro brasileiro elogiou a participação da linha de defesa do time, com Vanderson, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro. Casemiro, que retornou à seleção após um ano e meio, também foi elogiado pelo companheiro.

"O mister (Ancelotti) já trouxe uma organização defensiva para esse jogo específico. Contra o Equador, uma equipe muito física, usava muito a bola longa. Demandaria muito da nossa equipe para igualar nos duelos, ser forte. Ele trouxe o foco de termos um sistema defensivo sólido, que é uma base para a equipe", avaliou em entrevista coletiva concedia no CT Joaquim Grava, em São Paulo, neste sábado.

"Os jogadores que ele (Ancelotti) escolheu desempenharam muito bem esse papel. Sempre tem ênfase na linha de quatro, o Casemiro, que dá uma sustentação muito boa. Gerson, Bruno, os atacantes, correndo, se dedicando", comentou.

O goleiro brasileiro não é vazado há quatro partidas pela seleção. O último gol que levou foi na derrota para a Colômbia, por 2 a 1, em novembro de 2023. Após um período fora por lesão, Alisson retornou às convocações em setembro do ano passado. Desde então, o Brasil até sofreu um gol (novamente contra a Colômbia), mas ele havia sido substituído depois de uma pancada na cabeça. Quem acabou vazado foi Bento, que entrou no seu lugar.

Apesar da estatística positiva do goleiro, a seleção vive pressão e cobrança, com aproveitamento de apenas 48% nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026. A porcentagem é ainda menor quando considerados apenas os confrontos contra os times de cima da tabela.

"Acredito que nós, no elenco, temos os pés no chão. Futebol é processo, não adianta querer atropelar as coisas e pensar que, de uma hora para outra, se resolverão todos os problemas. O Ancelotti tem muita contribuição, já se nota pela presença dele", comentou Alisson sobre o processo de evolução.

Ainda que coloque a classificação ao Mundial como prioridade, o goleiro reitera a necessidade de apresentar bom desempenho. "O ideal é que a gente possa conquistar essa classificação com mérito, jogando bem. É o que mais vai trazer tranquilidade para o ambiente interno e para quem cobra, vocês e torcedor", projetou.

Assim como outros atletas já comentaram, o goleiro comemorou o ânimo injetado no elenco pela chegada do técnico italiano. "O Ancelotti já está trazendo tranquilidade para trabalhar. Tudo que ele pediu na última partida, ter grande atitude, compromisso uns com os outros. Conseguimos fazer nessa primeira partida, mas, quanto à parte técnica e quanto à parte tática, são coisas que temos de melhorar e vamos com o decorrer do tempo", garantiu.

Alisson definiu como "um privilégio" trabalhar com o novo técnico e enfatiza a "simplicidade" com que ele passa as ideias para os jogadores, além de elogiar o restante do staff que compõe a comissão técnica.

O Brasil encara o Paraguai, na próxima terça-feira, na Neo Química Arena, às 21h45 (de Brasília). Para garantir a vaga à Copa do Mundo, é necessário vencer e contar com derrota da Venezuela contra o Uruguai, em Montevidéu, partida que começa às 20h do mesmo dia.

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