Geral Esporte
14h20 03 Agosto 2025
Atualizada em 03/08/2025 às 14h20

Nadadores americanos brilham na reta final do Mundial e respondem críticas de Phelps e Lochte

Depois de acumular resultados frustrantes na natação no Mundial de Esportes Aquáticos, encerrado neste domingo em Cingapura, os Estados Unidos terminaram em alta, principalmente entre as mulheres, com recordes mundiais no revezamento e a liderança geral no quadro de medalhas, com 29 no total. Os nadadores do país acumularam quatro ouros nos dois últimos dias - tinham somado apenas cinco nos cinco dias iniciais de disputa - e terminaram à frente da Austrália (8 ouros).

Os resultados positivos na reta final da competição permitiram aos atletas atuais da seleção americana, prejudicados, em parte, por uma gastroenterite durante a preparação na Tailândia, responder às duras críticas das lendas Ryan Lochte e Michael Phelps, que dominaram as piscinas entre 2000 e 2010.

Dono de 12 medalhas olímpicas, Lochte, que teve seu recorde dos 200 metros medley pulverizado pelo francês Léon Marchand em Cingapura, publicou nas redes sociais uma montagem de um funeral com um lápide, na qual se lia "Em memória da natação dos Estados Unidos: 1980-2025". Além da crítica ao desempenho da equipe americana no Mundial, o ex-nadador lembrou, na legenda, que só faltam três anos para reagir antes dos Jogos de Los Angeles, em 2028.

A publicação foi compartilhada no sábado por Michael Phelps, dono do recorde de 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro. "Será que é o sinal de alerta que a natação americana precisava? Vamos descobrir", questionou a lenda das piscinas. Já o tricampeão olímpico Rowdy Gaines pediu mudanças na USA Swimming, órgão que coordena a natação americana e que passou praticamente um ano sem um CEO no comando.

A reação teve início ainda no sábado, com o recorde mundial no revezamento feminino 4x100 metros e com a vitória de Katie Ledecky nos 800 metros. Ela levou a melhor no duelo com a estrela canadense Summer McIntosh, 18 anos, que deixou Cingapura com quatro ouros. "Vocês estão muito quietos nesta noite", cutucou Lilly King, campeã olímpica e recordista mundial nos 100 metros peito, marcando Phelps e Lochte no post no Instagram.

Neste domingo, a equipe feminina americana estabeleceu novo recorde nos 4x100 metros medley, com 3min49s34, superando a própria marca em Paris-2024. Campeão olímpico dos 1.500 metros em Paris e bronze no Mundial, Bobby Finke também respondeu às críticas. "Estou orgulhoso da equipe dos EUA e do que fomos capazes de conquistar, apesar de todas as pessoas em casa dizerem o que elas querem. Digam o que quiserem. Se alguém ficar bravo, minhas redes estão abertas (para mensagens)", provocou. "É um grande passo para a Olimpíada de Los Angeles."

Além das equipes femininas dos Estados Unidos e da canadense Summer McIntosh, destacaram-se na natação o francês Léon Marchand, com dois ouros individuais, e a chinesa Yu Zidi, de 12 anos, que terminou em quarto lugar em todas as suas três provas individuais - 200 metros borboleta e as duas de medley -, além de ganhar um bronze no revezamento.

O Brasil encerrou o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos sem conquistar medalhas pela primeira vez desde 2007.

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