Uma mulher de 26 anos morreu e uma criança de 8 anos foi mantida em cárcere na manhã deste domingo (29), em Guaxupé/MG. O caso mobilizou equipes da Polícia Militar de Minas Gerais, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Corpo de Bombeiros, que atuaram durante várias horas até que o homem se entregasse.

De acordo com a PM, o autor teria matado a esposa, feito a sobrinha refém e informado familiares por chamada de vídeo que também pretendia tirar a própria vida. O crime ocorreu por volta das 7h15 e, após a ação, ele impediu qualquer tentativa de aproximação, ameaçando atirar. Em determinado momento, ele chegou a disparar contra a guarnição, atingindo a viatura da PM. Nenhum policial ficou ferido.

O local foi isolado, e a negociação foi iniciada remotamente por videoconferência. O BOPE assumiu o gerenciamento da ocorrência por volta das 13h, com apoio de policiais militares e bombeiros. Durante a negociação, o homem exigia dinheiro para libertar a criança, que permaneceu em cárcere por cerca de quatro horas.

Após tratativas, a equipe do BOPE conseguiu que o suspeito libertasse a menina e se entregasse sem resistência. No interior da residência, os militares encontraram a mulher já sem vida, com ferimento de arma de fogo na cabeça, caída no sofá da sala.

A vítima foi identificada como Anelise de Carvalho Gomes. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Passos/MG após a realização da perícia técnica no local.

A criança foi socorrida e encaminhada ao pronto-socorro municipal, onde passou por avaliação médica. Segundo os profissionais de saúde, ela não apresentava ferimentos aparentes, mas recebeu cuidados clínicos e acompanhamento.

A arma utilizada era uma pistola semiautomática calibre .380. Foram recolhidos 40 cartuchos, sendo 5 deflagrados. Todo o material foi entregue à perícia, e o caso está sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, por meio de nota oficial, que o suspeito teve a prisão ratificada pelos crimes de feminicídio consumado, extorsão mediante sequestro e tentativa de homicídio contra os policiais envolvidos na ocorrência. Após os procedimentos de polícia judiciária, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

A PCMG destacou ainda que os exames periciais já foram concluídos e que as diligências investigativas seguem em andamento. Novas informações serão divulgadas conforme o avanço das apurações.