Policiais federais realizaram, na manhã desta terça-feira (6), a prisão de três indivíduos suspeitos de envolvimento em fraudes nos benefícios previdenciários oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema, que atuava há quase 20 anos, teria causado um prejuízo superior a R$ 11,5 milhões aos cofres públicos.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito locais em Belo Horizonte, Contagem e Betim, em Minas Gerais. A identidade dos detidos não foi divulgada pela Polícia Federal.

A investigação apontou que os envolvidos falsificavam documentos, como certidões de nascimento e comprovantes de residência, para criar beneficiários fictícios e, assim, receber os proventos do INSS. O esquema contava ainda com a colaboração de idosos que se faziam passar por esses beneficiários fictícios. Até o momento, ao menos dez idosos que receberam benefícios indevidos foram identificados.

Esquema Egrégora e Consequências

A operação, que recebeu o nome de Egrégora, também envolveu equipes da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social, vinculada ao Ministério da Previdência Social. De acordo com informações do Ministério, a maior parte das fraudes identificadas diz respeito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é destinado a pessoas com deficiência e a idosos que comprovam não ter condições financeiras para se sustentar.

Esses desdobramentos ocorrem logo após a Operação Sem Desconto, que investiga um outro esquema envolvendo descontos irregulares em pagamentos de aposentadorias e pensões. A Controladoria-Geral da União (CGU) está colaborando nas apurações.

Consultar medidas contra fraudes é um compromisso do INSS, que busca reverter perdas para os beneficiários legítimos e reforçar a fiscalização sobre essas práticas criminosas.