O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, ordenou nesta quarta-feira, 2, a suspensão da cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agência nuclear da ONU, após ataques aéreos americanos e israelenses atingirem suas instalações nucleares mais importantes. Os ataques provavelmente limitaram ainda mais a capacidade dos inspetores de rastrear o programa de Teerã, que vinha enriquecendo urânio a níveis próximos aos necessários para a fabricação de armas.
A ordem não incluiu cronogramas ou detalhes sobre o que essa suspensão implicaria. No entanto, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, sinalizou em uma entrevista à CBS News que Teerã ainda estaria disposta a continuar as negociações com os Estados Unidos.
"Não acho que as negociações serão reiniciadas tão rapidamente assim", disse Araghchi, referindo-se aos comentários de Trump de que as negociações poderiam começar ainda esta semana. No entanto, ele acrescentou: "As portas da diplomacia nunca se fecharão completamente".
Inspeções limitadas
O Irã limitou as inspeções da AIEA no passado como tática de pressão nas negociações com o Ocidente - embora, até o momento, Teerã tenha negado que haja planos imediatos para retomar as negociações com os Estados Unidos, que foram interrompidas pela guerra de 12 dias entre o Irã e Israel.
A televisão estatal iraniana anunciou a ordem de Pezeshkian, que seguiu uma lei aprovada pelo parlamento iraniano para suspender essa cooperação. O projeto de lei já recebeu a aprovação do órgão constitucional iraniano, o Conselho Guardião, na quinta-feira, e provavelmente o apoio do Conselho Supremo de Segurança Nacional do país, presidido por Pezeshkian.
"O governo tem a obrigação de suspender imediatamente toda a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica nos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e seu Acordo de Salvaguardas relacionado", afirmou a televisão estatal, citando o projeto de lei. "Essa suspensão permanecerá em vigor até que certas condições sejam atendidas, incluindo a garantia da segurança das instalações nucleares e dos cientistas."
Não ficou imediatamente claro o que isso significaria para a AIEA, com sede em Viena, órgão de fiscalização nuclear das Nações Unidas. A agência monitora há tempos o programa nuclear do Irã e disse que estava aguardando uma comunicação oficial do Irã sobre o que a suspensão significava. (Com Associated Press)
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