As bolsas europeias encerraram o último pregão de abril em alta, com investidores repercutindo uma temporada intensa de balanços corporativos e dados macroeconômicos melhores do que o previsto na região. O fôlego do mercado europeu foi retomado após a pressão inicial causada pela retração da economia dos EUA, que encolheu pela primeira vez em três anos.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,37% e fechou na máxima do dia, aos 8.494,85 pontos, mas acumulou uma queda de 1% no mês. O índice FTSE MIB, de Milão, recuou 0,71%, a 37.604,82 pontos, e acumulou uma baixa de 1,2% em abril. Já o PSI 20, da bolsa de Lisboa, avançou 0,36%, aos 6.992,34 pontos, encerrando o mês com ganho de 1,8%. O DAX, em Frankfurt, teve alta de 0,32%, aos 22.496,98 pontos, acumulando valorização de 1,5% no mês. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,50%, a 7.593,87 pontos, e computou queda de 2,5% mensal. Já o Ibex 35, de Madri, recuou 0,59% no dia, aos 13.287,80 pontos, mas ainda fechou abril com avanço de 1,2%. Os dados são preliminares.
Entre os destaques corporativos, o Santander recuou 3,03% após divulgação de balanço, enquanto a Iberdrola subiu 0,9% em Madri. Em Paris, Air France-KLM avançou 2,63% e Airbus teve alta de 2,19%. Já a alemã Volkswagen caiu 2,4%, o banco UBS recuou 1,08% e o Barclays perdeu 0,40% em Londres.
No cenário macroeconômico, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2025 ante o trimestre anterior, superando a expectativa de alta de 0,2%. A Alemanha, maior economia da região, também surpreendeu positivamente.
No cenário global, persistem as tensões comerciais. O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ordem executiva para aliviar parte das tarifas sobre importações automotivas e voltou a criticar a China e a União Europeia, acusando os dois blocos de se aproveitarem dos EUA. Já o governo francês disse ver os americanos mais abertos à ideia de eliminar tarifas recíprocas.