Economia Mundial
11h30 22 Julho 2025
Atualizada em 22/07/2025 às 11h30

Reeves reitera que regras fiscais não são negociáveis e que pretende atingi-las dentro do prazo

Por Laís Adriana Fonte: Estadão Conteúdo

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, ressaltou que espera atingir as metas de estabilidade econômica e de regras fiscais antes do prazo previsto de cinco anos, mas que seu foco está sobre conquistar os objetivos "de maneira sustentável". "Não quero fazer isso rapidamente e entrar em uma situação na qual não poderemos fazer projetos de infraestrutura por conta das regras fiscais", destacou, ao responder perguntas em audiência na Câmara dos Lordes nesta terça-feira, 22.

Reeves frisou que as regras fiscais britânicas não são negociáveis e são necessárias para garantir a confiança dos investidores de títulos no Reino Unido. A permanência da ministra das Finanças foi vista como ameaçada no início deste mês, o que deflagrou uma reação negativa dos rendimentos dos Gilts britânicos, após o governo do primeiro-ministro Keir Starmer ceder a pressões expansionistas do partido Trabalhista.

Na audiência, Reeves defendeu a decisão de cancelar determinados projetos anunciados na gestão anterior, do Partido Conservador, alegando que não havia recursos disponíveis para financiá-los. "Fizeram vários comprometimentos e anunciaram grandes projetos sem saber de onde o dinheiro viria ou se poderiam cumprir. Eu não farei isso, prefiro ser honesta e decepcionar algumas pessoas", disse, acrescentando que todos os projetos propostos por sua gestão para os próximos três anos foram planejados de acordo com os recursos fiscais disponíveis.

A ministra também comentou que ampliar investimentos e o crescimento do PIB britânico deverá ajudar a reduzir o peso dos impostos, sem que sejam necessárias grandes alterações na estrutura tributária. Reeves afirmou que não pretende continuar a fazer mudanças estruturais importantes "pensando apenas no curto prazo" e apontou o sucesso da sua gestão em conseguir um acordo comercial com os EUA, além de negociar acordos com a Índia e a Coreia do Sul.

VEJA TAMBÉM