O desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, que sumiu enquanto passava as férias de verão de 2007 com os pais em Portugal, teve um novo capítulo nesta semana, após o jornal britânico The Sun revelar que novas provas foram encontradas pela polícia alemã na fábrica desativada que Christian Brueckner, suspeito de participação no sumiço da criança, mantinha no interior da Alemanha.
A garota sumiu perto da Praia da Luz, em Portugal, o resort de onde sua família passava férias. Relembre a seguir alguns principais fatos sobre o caso, desde o sumiço, a suspeita inicial sobre os pais, acusações de que outras pessoas estivessem envolvidas, passando pela investigação deflagrada pela Scotland Yard, o surgimento de uma "falsa Madeleine" até a descoberta do principal suspeito até agora.
Sumiço
Pouco antes de completar 4 anos, Madeleine desapareceu do apartamento alugado pelos pais, na região de Algarve. Ela estava com os dois irmãos gêmeos, Sean e Amelie. As crianças foram deixadas sozinhas, pois os pais tinha ido jantar com amigos. Nessa mesma noite, quando os pais voltaram, a pequena Madeleine tinha sumido. A polícia nunca conseguiu resolver o caso, que virou documentário da Netflix.
Pais suspeitos
Inicialmente os próprios pais da menina, Kate e Gerry MacCann, foram apontados como suspeitos pelo crime. Além deles, dezenas de pessoas foram ouvidas no interrogatório preliminar sobre o caso.
Outros suspeitos
Desde o começo das investigações, vários outros suspeitos além dos pais da garota, foram apontados. Um deles, o britânico Robert Murat, ganhou uma ação na Justiça de 550 mil libras (R$ 1,7 milhão à época, R$ 4,1 milhões hoje) contra 11 jornais britânicos devido às alegações de seu envolvimento no desaparecimento da menina Madeleine McCann.
Operação Grange
Pelo fato de Madeleine ser britânica, o então primeiro-ministro britânico David Cameron pediu à então ministra do interior, Theresa May, que detetives da Scotland Yard se juntassem às investigações. Foi aí então que, em 2011, foi criada a Operação Grange, que foi estendida até quase o final dos anos de 2010.
Principal suspeito
Foi na Alemanha, em 2020, que surgiu o principal suspeito, Christian Brueckner. Ele nega as acusações. Atualmente, Brueckner está preso por outro caso que não envolve o sumiço de Madeleine.
Testemunha ignorada
Um homem disse ao The Guardian que sua denúncia contra Brueckner, apresentada em 2008 à polícia, foi ignorada. Ela só foi levada a sério nove anos depois, em 2017. Ele foi identificado apenas como Helge B, e disse que havia cometido pequenos crimes com Brueckner e que ambos moravam perto da Praia da Luz, em Portugal, o resort de onde Madeleine desapareceu em 2007.
Pedido de desculpas aos pais
No ano de 2023, policiais portugueses foram até Londres pedir desculpas formalmente a Gerry McCann, pai de Madeleine, pela acusação de que ele e sua mulher tinham envolvimento no crime.
'Falsa Madeleine'
Em fevereiro deste ano, uma mulher de 23 anos chamada Julia Faustina e que alegava ser Madeleine McCann, foi presa sob suspeita de perseguição. Além dela, foi detida uma mulher de 60 anos que a acompanhava no aeroporto de Bristol, na Inglaterra.
Julia alegou ser Madeleine McCann no Instagram em 2023, criando uma conta específica para demonstrar semelhanças físicas entre ela e as fotos da menina desaparecida. Meses depois, fez um teste de DNA que mostrou que ela era polonesa, com algumas origens lituanas e romenas. Dessa maneira, ficou comprovado que ela não é Madeleine McCann, que é britânica.
Novas provas
O jornal The Sun revelou que Christian Brueckner, o alemão suspeito de envolvimento no sumiço da menina britânica, guardava imagens de abuso infantil, fotos de meninas entre quatro e cinco anos, além de brinquedos, pequenas bicicletas, armas e um disco rígido. Isso levou investigadores alemães a pedirem a reabertura das investigações contra ele. Os investigadores querem acelerar a investigação antes do fim da pena de Brueckner, que cumpre sete anos de prisão após ter sido condenado na Alemanha pelo estupro de uma mulher americana em Portugal em 2005.