Uberlândia
11h16 09 Junho 2016
Atualizada em 30/11/-0001 às 00h00

Vereador Márcio Nobre é indiciado por falsificação de documento em MG

Casamento comunitário em Uberlândia foi alvo de investigações. Político concederá entrevista na manhã desta quinta (9).
Por Marcelo The Back
TV Integração/Reprodução

O vereador e ex-diretor da Fundação de Turismo, Esporte e Lazer (Futel), Márcio Nobre, foi indiciado pela Polícia Civil de Uberlândia por falsificação de documento particular relacionado com a realização de um casamento comunitário feito em outubro de 2013.

G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, em Belo Horizonte, que informou que o inquérito foi concluído na última sexta-feira e remetido à Justiça nesta quarta-feira (8) com o pedido de indiciamento pelo crime previsto no artigo 298 do Código Penal.

A reportagem também procurou o vereador, que informou não ter recebido nenhuma notificação ou ter acesso às peças do processo. Uma entrevista sobre o assunto será concedida à imprensa, ainda na manhã desta quinta (9), na Câmara Municipal de Uberlândia.  

Evento foi alvo de investigação
casamento comunitário ocorreu no dia 19 de outubro de 2013 com 350 casais no Ginásio do Sabiazinho. Na época, Márcio Nobre era presidente da Câmara e foi responsável pela organização do evento. Ele esclareceu que a Instituição Cristã de Assistência Social (Icasu) ficou responsável em administrar uma verba de R$ 136 mil repassada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Uberlândia, mas a instituição alegou que não participou do evento e que devolveu o dinheiro aos cofres públicos.

Menos de um mês depois, o caso foi parar no Ministério Público Estadual (MPE). Desde 2013, a Promotoria investiga a suspeita de superfaturamento e falsificação de documentos.

Em março deste ano, Nobre foi chamado à Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento sobre o caso e afirmou que não se envolveu diretamente na negociação com prestadores de serviço e nem usou o dinheiro público que foi repassado pela Prefeitura no casamento. “Foram os parceiros que sempre custearam o casamento comunitário. Toda vida o evento foi custeado por instituições, empresas e demais apoiadores”, disse.

Ele acrescentou que não participou do processo de negociações e que uma pessoa do gabinete dele era quem fazia o procedimento. O assessor de gabinete da época também foi indiciado pela polícia pelo mesmo crime.

Outro ponto investigado pelo MPE foi a promoção pessoal. Na página do evento, o telefone e endereço de contato eram os do gabinete do vereador, bem como os panfletos e convites da cerimônia que também usavam a imagem dele.

 

Fonte: G1

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