Os primeiros quatro meses de 2025 registraram avanços nos principais indicadores do setor segurador, segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Os pagamentos realizados a consumidores e empresas totalizaram R$ 88,7 bilhões no período, alta de 15,5% na comparação anual.
No mesmo intervalo, o setor, com exceção da Saúde Suplementar, arrecadou R$ 140,7 bilhões em prêmios de seguros, contribuições para planos de previdência e receitas com títulos de capitalização. O montante representa um crescimento de 1,4% ante um ano antes.
Ainda segundo a CNseg, o descompasso entre a arrecadação e os pagamentos é influenciado, sobretudo, pelo desempenho dos planos de Previdência Aberta, que recuaram 7,7% no acumulado do ano. Enquanto isso, os resgates e benefícios pagos avançaram 23,2% no mesmo período, pressionando a captação líquida do segmento.
"Esse movimento reflete uma postura mais cautelosa dos brasileiros na formação de reservas de longo prazo, diante de um ambiente global ainda marcado por incertezas econômicas", afirma o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.
No acumulado do quadrimestre, os seguros de Danos e Responsabilidades registraram avanço de 8,9%, arrecadando R$ 45,4 bilhões. Os seguros de Pessoas, que abrangem modalidades como Vida, Viagem e Prestamista, cresceram 9,1%, com mais de R$ 25 bilhões em prêmios. Já a Capitalização somou R$ 11 bilhões em faturamento até abril, alta de 11,2% em relação ao ano anterior.
Embarcador internacional
Em abril de 2025, os prêmios arrecadados pelo Embarcador Internacional somaram R$ 69,7 milhões, alta de 48% em relação a igual mês do ano anterior. Já o pagamento de indenizações alcançou o montante de R$ 33,9 milhões, crescimento anual 53,8%.
No acumulado do quadrimestre, o volume arrecadado alcançou R$ 313,6 milhões, avanço de 23,3% em comparação com igual período de 2024. Entre janeiro e abril, os desembolsos totalizaram R$ 154,3 milhões - crescimento de 381,9%.
Na avaliação da CNseg, os resultados evidenciam tanto o aumento da demanda pelo produto quanto a maior exposição a riscos no transporte internacional de mercadorias.