O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidirá nesta quarta-feira (7) o aumento da taxa Selic. Esta reunião é impactada pela pressão dos preços dos alimentos e da energia.
Se o aumento for confirmado, será a sexta alta consecutiva, com uma expectativa do mercado de que a taxa suba 0,5 ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano, conforme dados da edição mais recente do boletim Focus.
Na última reunião, em março, o Copom sinalizou que aumentaria os juros em menor magnitude após três elevações anteriores. A economia brasileira permanece aquecida, mas incertezas internacionais devem influenciar a decisão de hoje.
A ata mais recente do Copom indicou a necessidade de juros altos por mais tempo para conter a inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 está em 5,53%, acima da meta de 3% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.
A Selic é o principal instrumento do BC para controle da inflação, e seu aumento impede a demanda aquecida, refletindo nos preços e estimulando a poupança. Por outro lado, taxas mais baixas incentivam o crédito, ajudando na expansão da economia.
As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias, onde são analisadas as perspectivas econômicas e definidas as taxas.
O novo sistema de meta contínua estabelece que a inflação deve ser mantida em torno de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. A apuração da meta agora é mensal, considerando a inflação acumulada em 12 meses.