O dólar sobe no mercado local na manhã desta quarta-feira, 16, e dá impulso aos juros futuros, embora a queda nos rendimentos dos Treasuries limite o ajuste na curva a termo na B3. O mercado reage à crescente tensão comercial entre Brasil e EUA, com investigação sobre práticas comerciais brasileiras, incluindo tarifas preferenciais e acesso ao mercado de etanol, o que reforça o risco de tarifas permanentes de 50% a partir de 1º de agosto.
A indefinição sobre o IOF, após impasse no STF sustenta incertezas, à espera da decisão final do ministro Alexandre de Moraes. No Congresso, a PEC dos precatórios foi aprovada na Câmara e pode ser votada hoje no Senado.
No exterior, o foco segue nos dados econômicos dos EUA, como a inflação ao produtor (PPI) e nos discursos de dirigentes do Fed.
A secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, diz que "produtores rurais brasileiros têm utilizado áreas desmatadas ilegalmente para criação de gado e cultivo diversificado, prejudicando a competitividade dos produtores americanos de madeira e produtos agrícolas".
Na safra de balanços nos EUA, o Bank of America lucrou US$ 7,1 bilhões no 2º tri de 2025, alta de 2,9%, com lucro diluído por ação de US$ 0,89, levemente acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,86.
O Morgan Stanley teve lucro líquido de US$ 3,54 bilhões no segundo trimestre de 2025, 15% maior ante igual período do ano passado. O lucro por ação ficou em US$ 2,13, acima do consenso, de US$ 1,99.
O Goldman Sachs teve lucro líquido de US$ 3,72 bilhões no 2º trimestre de 2025, alta de 22,4%. O lucro diluído por ação foi de US$ 10,91, acima da expectativa de analistas, de US$ 9,69.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, é uma possível opção para comandar o Federal Reserve, mas não sua principal escolha, já que está satisfeito com o trabalho dele no Tesouro.
No Brasil, O IPC-S acelerou a alta a 0,25% na segunda quadrissemana de julho, após elevação de 0,13% no período anterior.