O dólar operou em alta nesta quinta-feira, 24, após dados mistos da economia dos EUA e diante das expectativas sobre as negociações de Washington com a União Europeia (UE). A visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Federal Reserve despertava interesse, ainda que sem implicações claras sobre o preço do dólar no dia, já que ocorre à luz da pressão sobre o presidente do BC americano, Jerome Powell.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,17%, a 97,377 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro se depreciava a US$ 1,1767 e a libra tinha queda, cotada a US$ 1,3516. A moeda americana subia a 146,88 ienes.
O euro teve uma fraca reação à esperada manutenção de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). A moeda, contudo, foi prejudicada por comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, que disse que os riscos econômicos para a zona do euro tendem a ser negativos e um euro mais forte pode reduzir a inflação mais do que o esperado.
O ING avalia que o BC da zona do euro pode realizar um "corte final" nos juros na reunião de setembro. A BofA Securities também vê alívio em setembro. "Acreditamos que, até lá, será mais difícil (para o BCE) afirmar que está em uma boa posição", salientam analistas do banco. A moeda também seguiu fraca mesmo após o avanço do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro.
O dólar recebeu o suporte do PMI composto americano, que pintou um quadro relativamente animador do crescimento da atividade e do mercado de trabalho no início do terceiro trimestre, segundo a Pantheon Economics. Mas o enfraquecimento do PMI industrial limitou o impacto PMI composto.
A lira turca caiu à mínima em quatro meses frente ao dólar americano após o Banco Central da Turquia reduzir a taxa básica de juros. O dólar subia a 40,4745 liras, em comparação com 40,4676 liras antes da decisão.
*Com informações da Dow Jones Newswires