A Multiplan - dona de uma rede com 20 shopping centers - teve lucro líquido de R$ 264,3 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 6,2% ante o mesmo período do ano passado, conforme balanço publicado há pouco.
Embora a Multiplan tenha ampliado fortemente o faturamento com as operações dos seus shoppings e com as vendas de imóveis, a empresa sentiu o peso do crescimento das despesas financeiras em razão do endividamento e dos juros maiores.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 460,1 milhões, crescimento de 18,1% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda foi a 66,3%, baixa de 5,9 pontos porcentuais.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) chegou a R$ 292,5 milhões, recuo de 8,2%, enquanto a margem FFO atingiu 42,2%, corte de 16,9 pontos porcentuais.
A receita líquida totalizou R$ 694 milhões, alta de 28,6%.
A receita com locação de espaços nos shoppings cresceu 8,4%, para R$ 427,5 milhões, ajudada pelo efeito de alta de 5,7% do IGP-DI nos contratos de aluguel, além de faturamento com mídia e porcentual das vendas.
A receita de estacionamentos aumentou 17,3%, chegando a R$ 84,4 milhões, após reajustes nas tarifas e alta de 3,6% no fluxo de veículos. A receita de serviços teve alta de 16,4%, para R$ 42,9 milhões.
O faturamento com venda de imóveis aumentou 135%, para R$ 171,3 milhões. Isso se deve às novas vendas do Lake Victoria e contabilidade do faturamento do Lake Eyre - que fazem parte do projeto residencial Golden Lake, em Porto Alegre.
O resultado financeiro (soma de receitas e despesas com juros) gerou uma despesa líquida de R$ 339,3 milhões, montante 87% maior do que um ano antes.
A Multiplan encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 4,4 bilhões, patamar 3,6% acima do primeiro trimestre, e alavancagem (dívida líquida em relação ao Ebitda anualizado) de 2,27 vezes, estável.