O contrato mais líquido do ouro reverteu parte das perdas recentes e fechou em alta nesta quarta-feira, 13, com a ampliação das expectativas de que ocorra um afrouxamento monetário por parte do Federal Reserve (Fed) nas próximas reuniões. O metal precioso também era sustentando por um dólar mais fraco.
O ouro com vencimento em dezembro encerrou em alta de 0,27%, a US$ 3.408,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex).
Os dados desta terça-feira, 12, de inflação dos EUA reforçaram a tese de um corte na taxa de juros de 25 pontos base em setembro pelo Fed, diz Joseph Dahrieh da Tickmill. Além disso, a fala do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que vê uma "boa possibilidade" de o Fed cortar os juros em 50 pb, deixava o dólar em queda. Taxas mais baixas aumentam o apelo do ouro, que não rende juros.
Por volta das 14h30 desta quarta, as chances de o BC americano iniciar sua flexibilização monetária no próximo mês eram de 99,9%, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group.
Enquanto isso, tensões geopolíticas podem continuar a sustentar a demanda por ativos vistos como refúgio seguro e fornecer algum suporte aos preços do metal dourado, acrescenta Dahrieh.
Investidores mantêm o foco nesta semana na reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e do presidente russo, Vladimir Putin, de sexta-feira, 16. Trump também afirmou que teve uma "ótima" ligação com líderes europeus hoje, incluindo o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. O convite para a ligação foi feito pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, que pediu para que a União Europeia conversasse com o republicano antes da cúpula com Putin.
*Com informações da Dow Jones Newswires