O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta segunda, 28, seguindo o anúncio do acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que reduz as tarifas aos produtos europeus a 15%, ante 30% impostos anteriormente. Um dos desdobramentos foi uma valorização do dólar, o que torna o metal, cotado na divisa americana, mais caro para detentores de outras divisas, pressionando os preços.
O ouro com vencimento em setembro encerrou em queda de 0,73%, a US$ 3.326,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex).
A notícia criou em novo otimismo em relação a acordos comerciais, potencialmente mitigando os efeitos das tarifas, afirma Nikos Tzabouras, do Tradu.com. A melhora do sentimento de risco pode reduzir a demanda por ouro e pressionar ainda mais os preços para baixo, afirma Tzabouras. Dito isso, a falta de detalhes sobre o acordo até o momento gera incerteza e as tensões comerciais podem persistir antes do prazo final de reimplementação das tarifas, em 1º de agosto, mantendo o ouro em demanda parcial, escreve Tzabouras. Os mercados agora voltam a atenção para as negociações comerciais entre os EUA e a China, e quaisquer divergências podem reacender a demanda por ouro como porto seguro, acrescenta.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que representantes dos EUA estão reunidos agora com os da China e destacou que o país "está fazendo acordos com todos, mas precisa ser bom para todo mundo". Trump também anunciou: "vamos estabelecer uma tarifa para o resto do mundo, e é isso que eles terão que pagar". A tarifa-base, segundo ele, ficará na faixa de 15% a 20%.
Ainda sobre a China, o republicano declarou que "gostaria que os chineses abrissem o país" aos EUA, demonstrando o desejo por acesso ao mercado da nação asiática.
*Com informações Dow Jones Newswires.