Em dia de disputa técnica em torno da última taxa Ptax de maio, o real opera em baixa diante da valorização do dólar ante moedas rivais e emergentes ligadas a commodities e quedas do petróleo e minério de ferro na China.
No exterior, a moeda norte-americana se fortalece, revertendo parcialmente as perdas de ontem, enquanto investidores acompanham desdobramentos da batalha jurídica em torno das tarifas do governo Trump e analisam os números da inflação norte-americana medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), indicador que norteia as decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O juro da T-Note de 10 anos virou para cima após o dado de inflação nos EUA medido pelo PCE subir 0,1% em abril ante março, abaixo da previsão (+0,2%). Há pouco, o juro da T-Note 10 anos estava a 4,429% (de US$ 4,427% ontem), após máxima intradia a 4,441% após o PCE.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do 1º trimestre de 2025 subiu 1,4% ante 4º trimestre de 2024, abaixo da mediana de alta de 1,5% das projeções (0,4% A 1,8%). Ante o 1º trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,9% no 1º trimestre deste ano, segundo o IBGE.
O resultado do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras), teve superávit primário de R$ 14,150 bilhões em abril, montante um pouco aquém das mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que era de R$ 18,75 bilhões. No acumulado de janeiro a abril de 2025, houve superávit primário de R$ 102,860 bilhões e em 12 meses até abril, um déficit primário de R$ 6,012 bilhões, informou o Banco Central.
A redução de preços do diesel e da gasolina pela Petrobras não está sendo totalmente repassada ao consumidor final e análises do governo apontam indícios de fraudes na distribuição e revenda. Para combater irregularidades, o MME está acionando mecanismos para rastrear vendas e identificar possíveis cartéis.
Na Europa, a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha subiu 2,1% em maio na comparação anual, como o previsto no mercado, mantendo-se estável em relação a abril. Na comparação mensal, houve alta de 0,1%.
O dirigente do BCE Fabio Panetta disse que a instituição tem espaço limitado para implementar novos cortes de juros, mas manterá uma postura flexível e pragmática em relação a futuras decisões, que serão tomadas caso a caso.
Às 10h08, o dólar à vista subia 0,35%, cotado a R$ 5,6870.