Economia
11h20 25 Julho 2025
Atualizada em 25/07/2025 às 11h20

Terras raras e energia renovável: Brasil pode liderar nova revolução energética

Por Redação TV KZ

O petróleo foi considerado o combustível do século XX. Agora, o futuro será impulsionado por metais raros, invisíveis a olho nu, mas fundamentais para a nova economia global: os denominados metais das terras raras. Esses elementos estão presentes em tecnologias limpas e digitais, como turbinas eólicas, veículos elétricos, baterias e painéis solares, além de aplicações em setores como defesa e comunicação.

A transição energética é a chave para maximizar o uso desses minerais, sendo conduzida por fontes renováveis como solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde.

O Brasil destaca-se como um dos poucos países capacitados a liderar essas duas frentes:

  • Conta com reservas significativas de terras raras, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
  • Possui uma matriz energética limpa, onde mais de 80% da eletricidade é gerada a partir de fontes renováveis.
  • Seu potencial agrícola e de biomassa posiciona o país como líder na produção de hidrogênio verde.
  • Tem a infraestrutura, mão de obra qualificada e base industrial necessárias para um desenvolvimento eficaz.

Portanto, o Brasil tem o potencial de atuar como fornecedor, desenvolvedor e consumidor de soluções inovadoras para o futuro.

Na esfera internacional, países como China, Estados Unidos e União Europeia reconhecem essa lógica, intensificando a disputa geopolítica por terras raras e investindo pesadamente em projetos que assegurem suas cadeias de suprimento.

Entretanto, é crucial que o Brasil não se limite à exportação de minério bruto. Essa abordagem perpetua a dependência colonial, onde o país fornece insumos a preços baixos enquanto adquire tecnologia cara.

Ao assumir um papel de destaque na produção mineral e energética, o Brasil pode se tornar um protagonista global, desfrutando de autonomia e soberania.

Desafios a serem enfrentados:

  • Implementação de um plano nacional para o desenvolvimento de terras raras, focando em pesquisa e valorização do mineral.
  • Estabelecimento de parcerias entre os setores público e privado para integrar ciência, indústria e energia.
  • Criação de uma estratégia de segurança energética e soberania tecnológica.
  • Adotar uma visão de longo prazo respaldada por vontade política.

O mundo avança rumo a uma economia de baixo carbono e alta tecnologia, e os pilares dessa transição são claros: metais estratégicos e energia limpa. O Brasil possui as chaves para essas oportunidades.

Resta a questão crucial: vamos utilizar essas chaves para desbravar nosso próprio futuro?

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