O advogado de Smokey Robinson classificou como "falsas" e "vis" as acusações de estupro feitas contra o cantor por quatro ex-funcionárias. Segundo Christopher Frost, a denúncia representa uma "tentativa cruel de extorquir dinheiro de um ícone americano de 85 anos".
As informações foram divulgadas pela agência Associated Press após o processo ser protocolado na quarta-feira, 7, na Suprema Corte de Los Angeles. A ação pede ao menos 50 milhões de dólares (R$ 286,84 milhões na cotação atual) em indenizações e também cita a esposa do cantor, Frances Robinson, acusada de permitir os abusos e de manter um ambiente de trabalho hostil.
De acordo com a denúncia, os supostos abusos teriam ocorrido entre 2007 e 2024, na residência do músico em Los Angeles. As mulheres alegam que Robinson as agredia sexualmente quando estavam sozinhas com ele. Uma ex-funcionária afirma ter sofrido ao menos 20 agressões entre 2012 e 2024. Outra relata 23 episódios entre 2014 e 2020. Todas teriam deixado os cargos por esse motivo, embora em alguns casos a saída tenha ocorrido apenas anos depois.
As autoras do processo não tiveram os nomes revelados e usaram máscaras durante uma coletiva de imprensa promovida pelos advogados. Elas não deram declarações. Os representantes afirmam que as clientes têm medo de retaliações, de exposição pública e de possíveis impactos sobre seu status migratório. Por esses mesmos motivos, segundo a defesa, elas não denunciaram o cantor à polícia, embora considerem que uma investigação criminal seria cabível.
O advogado de Robinson criticou a coletiva, que chamou de "teatro bizarro" e uma tentativa de transformar o público em "participante involuntário de um espetáculo midiático".
Frost disse ainda que pretende contestar pontos da denúncia que considera "inacreditáveis", incluindo detalhes da linha do tempo, versões apresentadas e as relações entre as partes envolvidas.
A defesa informou que o cantor deve se manifestar em breve e que solicitará à Justiça o arquivamento do processo.